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Caetano Veloso pediu perdão ao Rei por criticá-lo sobre biografias. Foto: DivulgaçãoCaetano Veloso pediu perdão ao Rei por criticá-lo sobre biografias. Foto: Divulgação

Biografias – Debate online

(brpress) - Quatro importantes juristas discutem a questão

(brpress) – Mais lenha na fogueira na questão das biografias será adicionada  nesta quarta-feira (13/11), às 14h30. É quando acontece um debate online entre quatro importantes juristas sobre biografias não autorizadas, na ESA, da OAB/SP [www.esaoabspp.edu.br]. A mediação é da advogada Sonia Maria D’Elboux, colaboradora da brpress.

    A lei das biografias continua dando no que falar.  Após crítica a Roberto Carlos e a consequente saída do cantor do grupo Procure Saber (que defende biografias pré-autorizadas) , Caetano Veloso pediu “perdão” ao Rei  em sua coluna dominical no jornal O Globo.

‘Certos ajustes’

    Em entrevista ao Fantástico, exibida em 27 de outubro, Roberto se disse a favor de biografia não autorizada, desde que com “certos ajustes”, após intensos debates em torno do apoio dos integrantes do Procure Saber à autorização prévia para biografias. Em 2007, ele tirou de circulação o livro Roberto Carlos em Detalhes, escrito pelo jornalista Paulo César de Araújo.

    “O Brasil não pode ficar a mercê de uma suposta perna mecânica”, diz o artista plástico paulistano Alex Flemming, radicado em Berlim. “Lutei contra a ditadura militar no Brasil e fico triste de ver caras que são meus ídolos, como Caetano Veloso e Gil, fazendo defesa da censura. Sou a favor da liberdade total – é proibido proibir, afasta de mim este cálice!”, brada, citando Roberto Carlos – “que nunca foi meu ídolo”, reitera.

‘Chapa branca’

     Há uma semana, Flemming  retratou Ruy Castro, que foi ao seu estúdio, depois de participar da Feira de Frankfurt, principal encontro mundial do mercado editorial, onde o assunto reinante no estande do Brasil (país homenageado este ano) foi a campanha brasileira pela modificação da legislação que exige a autorização prévia do biografado para a publicação de biografias. “Foi uma honra receber esse grande biógrafo”,  conta Flemming.

    Medindo literalmente a altura dos retratados, Flemming diz que integram a série gente como
Paulo Lins, Elza Soares, Zé do Caixão, Paulo Mendes da Rocha, Cássio Vasconcelos, Cristiano Mascaro  e Gilberto Gil.  Sobre o ex-ministro da Cultura, Flemming lamenta que esteja envolvido na campanha pela continuidade “das biografias chapa-branca”. Para o artista, residente em Berlim há 22 anos mas leitor diário de jornais brasileiros, “é patéitico e hipócrita não permitir que histórias sejam contadas sem censura”.

(Juliana Resende/brpress)

Mais informações sobre o debate aqui.

ENTENDA A POLÊMICA DAS BIOGRAFIAS

(brpress) – Depois de escritores brasileiros presentes na Feira do Livro de Frankfurt, o maior evento do mercado editorial do mundo, fazerem campanha pela modificação da lei sobre biografias no Brasil, o assunto pegou fogo no país.

    Em palestra no estande das editoras brasileiras em Frankfurt, Laurentino Gomes, autor do best-seller histórico 1808, disse que o atual código civil é anticonstitucional e lembra os tempos da ditadura militar no país. O escritor internacionalizou em Frankfurt a campanha brasileira pela modificação da legislação que exige a autorização prévia do biografado para a publicação de biografias.

Gil e Caetano defendem

     A legislação brasileira exige a autorização prévia do biografado para a publicação de biografias, dificultando e muitas vezes impedindo a edição de livros sobre personalidades ainda vivas. A campanha, que tem o apoio de grande parte dos escritores brasileiros, ganhou repercussão após o posicionamento recente de cantores como Gilberto Gil e Caetano Veloso em defesa da lei atual.

   A professora senior de física da USP, Emico Okuno, que estava na plateia, participou do debate lembrando o ponto de vista das famílias dos biografados. Sônia Jardim, presidente do Sindicato Nacional de Editores de Livros (SNEL) e vice-presidente da Record diz que a legislação atual sobre biografias traz muitos prejuízos ao setor. A inconstitucionalidade da lei sobre biografias está sendo analisada pelo Supremo Tribunal Federal.

Juliana Resende

Jornalista, sócia e CCO da brpress, Juliana Resende assina conteúdos para veículos no Brasil e exterior, e atua como produtora. É autora do livro-reportagem Operação Rio – Relatos de Uma Guerra Brasileira e coprodutora do documentário Agora Eu Quero Gritar.

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