Acesse nosso conteúdo

Populate the side area with widgets, images, and more. Easily add social icons linking to your social media pages and make sure that they are always just one click away.

@2016 brpress, Todos os direitos reservados.

Detalhe da capa do livro O Século do Conforto. Foto: DivulgaçãoDetalhe da capa do livro O Século do Conforto. Foto: Divulgação

Conforto, uma história francesa

(brpress) - Historiadora mostra como o conceito de luxo e estilo de vida surgiu na França do século XVII.

(brpress) – Autora do aclamado A Essência do Estilo, que revelou as origens da elegância francesa, a pesquisadora Joan DeJean revisita a Paris do Rei Sol e de seu sucessor Luis XV para descortinar as origens do nosso atual estilo de vida, baseado no conforto. Em seu novo livro O Século do Conforto (Ed. Civilização Brasileira, 416 págs. R$ 62,90), ela mostra como, em pouco mais de um século, o interior das residências, os móveis e o próprio modo de viver foram modificados em nome do bem-estar.

    A autora revela a origem do conceito de conforto na sociedade ocidental ao analisar uma série de eventos, e mostra como a vida voltada para o conforto de hoje é um fenômeno com poucos precedentes na história ocidental.
   
Ideal

    “Tudo começou com progressos na corte e nos meios sociais mais ricos de Paris, nas décadas finais do século XVII, que se espalharam gradualmente por outras camadas sociais e financeiras”, conta. “O resultado foi que, em meados do século XVIII, havia uma ampla aceitação do ideal de vida voltado para o conforto”.

     A pesquisadora relata como o lar moderno tomou forma, com a atual disposição dos cômodos, a invenção do sofá,  da água corrente, entre outros serviços essenciais.

Decoração

    Segundo ela, arquitetos, antigos artesãos e os habitantes da Paris dos séculos XVII e XVIII criaram a planta baixa das residências e projetaram nosso modo de viver nelas. “Foi nessa cidade e nessa época (1670–1765) que o conforto e a informalidade emergiram como prioridades em domínios que variavam da arquitetura e da moda ao design de móveis e à decoração de interiores”, afirma DeJean.

Sofá, capítulo à parte

    Hoje é difícil imaginar uma sala de estar sem sofá. Quando, no século XVII, surgiram os primeiros sofás de que se tem notícia, o resultado foi uma reelaboração radical do espaço interior.

    Símbolo de uma nova era de informalidade e conforto, o sofá surgiu em uma época conhecida como “a era de ouro da conversa”. Como o primeiro móvel planejado para duas pessoas sentarem juntas, também era considerado um convite à sedução.

    Nesse mesmo período, ocorreram  outras mudanças nos espaços internos que hoje consideramos óbvias, como se sempre tivessem existido: quartos de dormir, banheiros e sala de estar.

Amantes

    Nada disso teria acontecido sem um grupo de visionários: arquitetos lendários, os primeiros decoradores de interiores e as mulheres que moldaram os gostos de dois sucessivos reis da França: a marquesa de Maintenon, amante de Luís XIV, e marquesa de Pompadour, amante de Luís XV.

    Daí em diante, suas ideias revolucionárias teriam influência direta até mesmo em áreas não domésticas, do vestuário à literatura, assim como nas questões de gênero, modificando a maneira como as pessoas viviam e se relacionavam.

    Joan DeJean é autora de nove livros sobre história, literatura e cultura francesas dos séculos XVII e XVIII. É professora na Universidade da Pensilvânia, onde leciona há 20 anos. Divide seu tempo entre Filadélfia e Paris.

Cadastre-se para comentar e ganhe 6 dias de acesso grátis!
CADASTRAR
Translate