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Detalhe da maquete da estátua de Lampião que será erguida no Museu do CangaçoDetalhe da maquete da estátua de Lampião que será erguida no Museu do Cangaço

Lampião: polêmica aos 80 anos de morte

(brpress*) - Relação bipolar do município de Serra Talhada (PE) com Lampião – cujos 80 anos de morte se completam em 2018 – ganha novo capítulo.

(brpress*) – A relação bipolar do município de Serra Talhada (PE) com Lampião – cujos 80 anos de morte se completam em 2018 – ganha novo capítulo na cidade, onde nasceu o rei do cangaço e onde um plebiscito foi feito há 30 anos para decidir se estátuas de Virgulino Ferreira da Silva seriam erguidas. 

O ‘sim’ venceu com folga (76% dos votantes) mas só este ano a Fundação Cabras de Lampião de Serra Talhada anunciou que vai instalar três estátuas em uma área próxima ao Museu do Cangaço: uma de Lampião, outra de sua companheira, Maria Gomes de Oliveira, a Maria Bonita, e uma terceira de um dos seus soldados mais próximos, Isaías Vieira dos Santos, o Zabelê. A fundação acredita que as atrações podem beneficiar a economia local, além de honrar a memória histórica regional.

“Abriu-se uma perspectiva de se explorar comercialmente a figura de Lampião do ponto de vista do turismo. Houve uma ascensão do xaxado (dança criada pelos cangaceiros a partir das bases do forró), de eventos relacionados ao cangaço e depois veio o museu”, conta o jornalista, professor e historiador Paulo César Gomes, que estuda o fenômeno social do cangaço – sempre polêmico, pois há os que execram o banditismo (Lampião é um dos citados no livro Bandidos, do historiador britânico Eric Hobsbawm) e os que vêem os cangaceiros como heróis e justiceiros sociais. 

Turismo do cangaço

Produzidas a partir de concreto armado pelo artista Zaldo Mendes, de Sanharó, a 215 km de Serra Talhada, elas terão 1,80 metro de altura sobre pedestais de 1,5 metro. As peças já estão na cidade, mas ainda não foram instaladas pela demora da fundação em organizar a inauguração. Pelo jeito, três décadas não foram suficientes para a cidade decidir prestar a homenagem em tempo das celebrações dos 80 anos de morte do cangaceiro, que aconteceram em diversas cidades do Nordeste, fomentando o mito e o turismo em torno do cangaço, apesar das controvérsias.

Setores contrários à construção das estátuas prometem destruí-las e vandalizá-las. Nas redes sociais, xingamentos como “bandido”, “assassino”, “estuprador”, “sanguinário” e “fascínora” pipocaram para se referir a ele quando a notícia da construção das estátuas foi publicada pelo principal jornal local. Ao que se vê, o mito de Lampião, morto em 1938, três semanas depois do seu aniversário de 41 anos, em Poço Redondo (SE), segue vivo. 

Uma pequena praça no centro da cidade passou a ser chamada informalmente de Pracinha do Lampião, mesma época em que um novo hotel abriu suas portas com o apelido do cangaceiro. Uma rua da periferia foi nomeada oficialmente de Virgulino Ferreira da Silva e, em 1995, membros de um grupo de teatro de rua criaram a Fundação Cabras de Lampião que, por sua vez, deu origem ao Museu do Cangaço.

(Com informações da BBC Brasil)

Leia mais sobre Lampião e o cangaço nesta reportagem da editora da brpress, Juliana  Resende, para a Revista da Cultura e Maria Bonita aqui. 

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