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O amor, este animal de estimação!

(brpress) - Bem que eu te falei, cronicamente repetitivo: os animais de estimação são mais importantes no amor do que supõe a nossa vã filosofia. Por Xico Sá.

(brpress) – É comum sentir mais saudade do pobre cão do que da mulher de verdade.
Já terminei romances em que fiquei com tanta saudade da ex quanta da sua gata, cachorro e até dos ratos que roeram as nossas vestes do desejo.

Quando ainda morava no sertão ficava morrendo de amor pelos tatus criados em fundo de quintais e tonéis, preás de estimação, tejus, timbus, morrendo de amor pelos macacos, todos batizados chicos, nambus, codornizes e gordas patas que se arrastavam na lama em anos de chuva.

Também já ocorreu de conquistar mulheres, ou pelo menos consolidar boas histórias amorosas, por demonstrar carinho e afeto com os bichanos. Como sair de casa altas horas da madrugada para comprar a ração do felino. E de quebra, trazer um patê especial para o danado.

Sim, o amor passa pelos bichos, eu acredito. Uma mulher que afaga e trata bem o meu cachorro, sendo que às vezes o cão vadio possa ser eu mesmo, uma mulher que brinca de “never more” com o meu corvo Edgar, que diz sacanagens ao meu papagaio Florbé, que faz uma graça para o meu bode Ressaca… Essa mulher marca pontos importantíssimos, além de fazer o necessário na cartilha do amor mais franciscano.

Claro que essa forma de ver o amado ou a amada nos seus animais de estimação pode gerar também pequenos desastres, catástrofes nem sempre naturais. Uma amiga do Rio, por exemplo, evitava as gracinhas do cão do seu ex sempre que ele aprontava. Chegava a ser indelicada, grosseira, como se visse naquele labrador as pisadas na bola do seu dono. Acontece.

Afinal de contas os bichos ficam um pouco, com o tempo, com os mesmos focinhos dos seus digníssimos proprietários.
Além de tudo isso, pelos animais que possui se conhece mais um pouco um homem.
Sério. O cara que cria um gato tem muito mais chance de ser um homem sensível, embora até enfrente um certo preconceito entre os seus amigos, que insinuam uma certa viadagem, baitolagem  ou perobice, para usar termos dos quais abusamos nos nossos encontros de futebol e boteco.

O homem que passeia orgulhosamente com o seu pitbull pode até não ser um monstro, mas aquela focinheira já diz um pouco do seu dono. Não que o cão tenha alguma culpa, ele está no mundo dele. O erro é de que o desloca e o usa para outros exercícios de violência.

Mas voltemos aos gatos, esses metafísicos e misteriosos animais. Como eles dizem tudo sobre o amor e sobre nós. O casal briga e eles incorporam o barraco. Vão lá e quebram tudo, reviram o mocó-saló de cabeça pra baixo.

Na harmonia e no amor intenso, lá está ele, sempre aos nossos pés. Como eles adoram ver e sentir os cheiros da hora do sexo. Eta bichanos voyeuristas! Eles se enroscam na cama depois das nossas melhores noites. Cumprimentam-nos pelo afeto e pela performance.

Um belo “miau” de parabéns, como se dissesse, a nos arranhar de leve, estão vendo como o amor pode dar certo, seus cães danados?!

& MODINHAS DE FÊMEA

Até que a Copa do Mundo nos separe! Aí, amiga, já compreendeu a Lei do Impedimento? Já negociaram o poder sobre o controle remoto? Não caia nessa bobagem de entender de futebol forçadamente, como querem até os mais modernos cadernos de esporte.

Resista. Prefira as coisas mais sábias, como o cinema, por exemplo, em pleno jogo do Brasil, depois de um almoço com o amigo gay da sua vida!

(*) A coluna Modos de Macho & Modinhas de Fêmea, do jornalista Xico Sá, é fornecida com exclusividade pela brpress. Fale com ele pelo e-mail:  [email protected] ou pelo Blog do Leitor.

Xico Sá

O jornalista e escritor Xico Sá, é autor dos livros Modos de Macho & Modinhas de Fêmea (Ed. Record), Catecismo de Devoções, Intimidades & Pornografias (Ed. do Bispo), entre outros. Suas crônicas foram licenciadas pela brpress ao Diário do Nordeste, Diário de Pernambuco, O Tempo e Yahoo Brasil.

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