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Goiânia Noise: 15 anos de barulho

(Goiânia, brpress) - Festival invade capital do cerrado com cinco dias de rock, mudando o perfil cultural da cidade em sua maior edição, que começa nesta quarta (25/11), com Black Drawing Chalks, Bang Bang Babies, Gloom, entre outros. Por Jarmeson de Lima.

(Goiânia, brpress) – Completando 15 anos, o Goiânia Noise é o maior festival independente do país. Com uma programação que mostra a cara do rock goiano e diversas bandas novas, o evento conseguiu a façanha de criar uma nova identidade à capital do cerrado. Se antes, Goiânia era só o berço da música de duplas sertanejas, hoje eles têm de dividir espaço com uma nova onda de roqueiros que não pára de crescer.

A quantidade de bandas de rock de Goiânia impressiona. O crescimento do festival se deve muito a elas e a cada ano surgem novas revelações. Black Drawing Chalks, Bang Bang Babies e Gloom se juntam a veteranos da cena local como Mechanics, MQN e Violins na programação do evento que começa nesta quarta-feira (25/11) e que segue até o domingo (29/11).

Neste ano, o lema do Goiânia Noise é Invadindo a Cidade. Uma metáfora que se justifica não só pelo fato de realmente ter ajudado a fortalecer uma cena roqueira, mas por espalhar sua programação de shows em diversos locais de Goiânia.

“É meio que natural que a gente queira que a cidade se envolva mais. Todo anos, as casas parceiras do ano inteiro cobram uma ação do Noise, um lançamento, uma festa e tal”, argumenta Fabrício Nobre, organizador do evento. “E, seguindo exemplos de festivais em várias partes do mundo, por que não fazê-lo, né?”

Mais de 60 shows

Se antes o evento se resumia a três dias de música com shows, intercalados em palcos diferentes num mesmo local, a 15ª edição do Noise terá cinco dias de shows com mais de 60 apresentações em locais que vão do Teatro Madre Esperança Garrido, onde se apresenta o mago Hermeto Pascoal, até o Centro Comunitário Goiânia Viva, palco de atrações de hip hop.

É preciso reconhecer os méritos pela ousadia do evento, que apresenta ainda encontros musicais inéditos e inusitados entre artistas de diferentes gerações e estilos. Siba (PE) e Roberto Corrêa (DF) se encontram na quinta-feira (26/11), para apresentar o repertório do elogiado disco Violas de Bronze.

De sexta a domingo, o festival promove boas reuniões nos palcos do Centro Cultural Martim Cererê. MQN (GO) e Walverdes (RS) tocam juntos o peso de seu rock´n´roll no palco Pyguá, antes dos americanos Supersuckers. Enquanto isso, no palco Yguá, fechando a noite, a big-band Móveis Coloniais de Acaju (DF) ganha o reforço do trombonista paulistano Bocato.

Porcas Borboletas

No sábado (28/11), Paulo Patife, líder da cultuada Patife Band, um dos maiores nomes da Vanguarda Paulistana, se junta aos mineiros Porcas Borboletas, em um show performático e imprevisível. Na mesma noite, os goianos do Black Drawing Chalks que já circularam por mais da metade dos festivais independentes do país, fazem um show de rock ainda mais vibrante com a participação especial de Chuck Hiphólito, ex-Forgotten Boys.  Por fim, a parceria entre Diego de Moraes & O Sindicato (GO) e Astronauta Pinguim (RS) encerra o Noise, com um show folk intrigante.

MPB no Rock

Diego de Moraes, jovem talento da cidade de Senador Canedo, próxima a Goiânia, tocou seguidamente no evento nos últimos dois anos – do palco alternativo ao principal. “É uma honra pra gente encerrar a grande festa de debutante do Noise. Estou, particularmente feliz, também com a ´brasilificação´ do Noise, graças à parceria com a Brasil Central Music”, revela Diego.

Diego de Moraes, que hoje toca com a banda O Sindicato, surgiu na cena de Goiânia em 2006, com uma música difícil de rotular, lembrando composições de gente como Sérgio Sampaio, Tom Zé e Raul Seixas. A primeira aposta veio no festival Bananada, em 2007, que resultou em sua expressiva votação para participar também do Goiânia Noise daquele ano. Mas nem tudo foram flores para ele.

“Quando tirei minhas músicas do meu quarto, em 2006, fui atacado por vários puristas do rock e por alguns xiitas da MPB daqui, pois era muito punk pra MPB e muito brazuca pro stoner rock goiano”, conta. Com o tempo, as coisas mudaram. “No ano passado tive o prazer de participar com Juraildes da Cruz, compositor local, no Goiânia Canto de Ouro, que é um festival de MPB que tem todo começo de ano”, relembra o rapaz.

Internacionais

Outro grande feito do Goiânia Noise é o de criar e incentivar a circulação de shows de grupos internacionais pela cidade. Ao longo de sua história, já passaram pelos palcos do festival nomes cultuados como Helmet (EUA), Black Mountain (Canadá), Vaselines (Escócia), Perrosky (Chile) e Battles (EUA). Neste ano, a cidade receberá shows no festival com as bandas Supersuckers (EUA), Dirty Projectors (EUA), Guizo (Chile), Think About Life (Canadá), Mama Rosin (Suíça) e GrimSkunk (Canadá).

Mas mesmo sem grandes headliners, o Goiânia Noise aposta na fidelização do público roqueiro de Goiânia para abrilhantar a festa. “A gente começou e seguiu fazendo o festival para um público que a gente sabia que existia. E quem gosta de música alternativa na cidade se sentiu representado, tomou conta do lance e tem orgulho do festival”, comemora Nobre.

Goiânia Noise Festival

De 25 a 29/11

Locais: Centro Cultural Martim Cererê, Teatro Madre Esperança Garrido, Teatro do Centro Cultural Goiânia Ouro, Centro Comunitário do Goiânia Viva e diversos bares.

Programação completa: http://www.goianianoisefestival.com.br

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