Hipertensa: uma ‘bomba-relógio’
(brpress*) - Elas têm mais medo de um câncer de mama do que de um ataque cardíaco. Mas as doenças do coração matam 300 mil pessoas ao ano.
(brpress*) – Enquanto especialistas tentam compreender por que as mulheres se apavoram mais ao perceber um caroço no seio do que quando constatam que estão sofrendo de pressão alta, é preciso reforçar a importância da prevenção das cardiopatias através da eliminação dos fatores de risco. “A mulher hipertensa é como uma bomba-relógio. O aumento da pressão arterial leva a doenças do coração – aumentando as chances de um ataque cardíaco –, compromete vasos sanguíneos e, inclusive, o funcionamento dos rins”, diz Rafael Munerato, cardiologista e diretor técnico do Hospital Santa Paula, de São Paulo.
Quando não tratada, a pressão alta é a principal causa de infarto agudo do miocárdio (IAM). Nos Estados Unidos, mais de meio milhão de mulheres morrem de cardiopatias a cada ano – o que corresponde a mais do que todas as dez principais causas de morte somadas. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, cerca de 300 mil pessoas morrem de doenças do coração a cada ano. “Considerando que as mulheres representam metade desse número, temos 150 mil mortes por ano contra nove mil que sucumbem ao câncer de mama”, diz Munerato.
Segundo o cardiologista, a hipertensão atinge entre 10% e 15% dos brasileiros. Em cada dez infartos, quatro atingem mulheres. Mas elas costumam apresentar menor taxa de sobrevivência. “Além de controlar a hipertensão, as mulheres precisam reduzir outros fatores de risco que têm negligenciado, como tabagismo, estresse, sedentarismo, níveis de colesterol e triglicérides, obesidade e taxa de açúcar no sangue. Aquelas que têm parentes próximos que morreram de cardiopatias também devem redobrar os cuidados com a saúde”, alerta o médico.