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Geoterrorismo

(Londres, brpress) - Este é o pior inimigo da humanidade e, diante dele, se impõem maiores investimentos, desafios e cooperação internacionais. Por Isaac Bigio.

Isaac Bigio*/Especial para brpress

(Londres, brpress) – Em 11 de março,  completou-se o sétimo aniversário do maior ataque da Al Qaeda sobre a Europa – o de Madri, em 2004 – e se iniciou o último semestre antes de o mundo comemorar uma década desde o maior ataque terrorista sobre a maior potência de todos os tempos – EUA, em 11 de setembro de 2001 –, o mesmo que abriu caminho para uma escalada de guerra na Ásia ocidental. Neste mesmo dia de 2011, o mundo se chocou com o mais duro ataque do “terrorismo telúrico” ou geoterrorismo sobre aquela que chegou a ser a segunda potência econômica.

O Japão foi estremecido por um cismo que se calcula entre 8.8 e 9.1 graus na escala Richter, o que corresponde a uma potência  entre 250 e 100 milhões de toneladas de TNT. No final do mesmo ano de 2004, em que explodiram as bombas nos trens espanhóis, ocorreu, na Indonésia, um sismo com uma magnitude um pouco maior que a da última  sexta-feira (11/03).

Tanto na Indonésia em 2004, como no Japão em 2011, os terremotos geraram maremotos. Enquanto o primeiro matou milhares em uma dezena de países em ambos os extremos do oceano Índico, o segundo, felizmente, chegou debilitado ao resto da costa do Pacífico.

Energia nuclear

Por sorte, o cataclisma japonês apenas cobrou várias centenas de vidas, enquanto que o indonésio produziu cerca de 200 mil mortos. No entanto, o sismo nipônico produziu uma novidade: a explosão de estações de energia nuclear, o que poderia criar uma radiação tipo Chernobyl, afetando várias partes do resto do mundo

Os arsenais bélicos das potências são superiores ao que possuem para fazer frente à maior ameaça a sua segurança, que é o pior terrorismo de todos os tempos: aquele que se produz sem avisos e sem piedade alguma – o “geoterrorismo”, produzido pelo próprio planeta Terra.    

Desde que se começou a medir a intensidade dos sismos, o maior detectado foi o de Cañete-Valdinia, no Chile, em 1960, que chegou a 9.5 graus na escala Richter, com uma carga explosiva de 280 milhões de toneladas de TNT.

Inimigo comum

Entre o Peru e o Chile, há uma rivalidade sobre o pisco (bebida típica), ainda que  deveriam estar mais unidos para fazer frente ao grande inimigo comum que ambos têm de enfrentar: os terremotos.

Cañete é também o nome de outra cidade do Peru (na qual este autor tem parte de suas raízes) a qual, junto com a cidade de Pisco (de onde se origina o referido licor de uva), foi destruída no terremoto de 2007, que teve uma intensidade ligeiramente inferior a seis milhões de toneladas de TNT.

Sem dúvida, houve explosões piores que as que nós e nossos avós conheceram. Desde que surgiu a humanidade, há uns 200 mil anos, apenas explodiu um supervulcão: o da Indonésia, há 70-80 mil anos, que ameaçou extinguir a população  em todo o mundo.

(*) Analista de política internacional, Isaac Bigio vive em Londres, onde lecionou na London School of Economics, e também assina coluna no jornal peruano Diario Correo. Fale com ele pelo e-mail [email protected] ou pelo Blog do Leitor. Tradução: Angélica Campos/brpress.

Isaac Bigio

Isaac Bigio vive em Londres e é pós-graduado em História e Política Econômica, Ensino Político e Administração Pública na América Latina pela London School of Economics . Tradução de Angélica Campos/brpress.

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