Acesse nosso conteúdo

Populate the side area with widgets, images, and more. Easily add social icons linking to your social media pages and make sure that they are always just one click away.

@2016 brpress, Todos os direitos reservados.

Tempo de África

(Londres, brpress) - Este é o título da canção oficial do mundial de futebol que Shakira canta. É também a mensagem que a África do Sul quer dar ao mundo. Por Isaac Bigio.

(Londres, brpress)  – Este é o título da canção oficial  do mundial de futebol que Shakira canta. É também a mensagem que a África do Sul quer dar ao mundo referente ao continente onde nasceu a humanidade e que nunca havia sido a sede de uma das 30 Olimpíadas e é hoje, pela primeira vez em sua história, o centro do esporte mais popular de todos os tempos.

Mas também quer sinalizar a idéia de que o continente negro está mudando. Até pouco tempo atrás, este era visto como sinônimo de miséria, guerras fratricidas e epidemias como a Aids. No entanto, hoje se notam certas mudanças.

Efeito China

Isso se deve, em parte, aos resultados obtidos com ajuda internacional e remissão de dívidas, bem como o aumento da demanda de muitos de seus produtos primários ( ajudado pelo crescimento chinês, sedento de bens africanos).

Segundo Paul Vallely, co-autor do relatório da Comissão para a África 2005, 10% das reservas mundiais de petróleo, 30% das de minerais e 80% das de cromo e platina se encontram neste continente.

Em 2003-2008, a economia africana cresceu num ritmo anual de 6%, mais do dobro do mundo industrializado. Nesta década, o comércio e os investimentos estrangeiros quadruplicaram; a balança comercial cresceu 30%; a quantidade de telefones celulares passou de poucos milhões de aparelhos para mais de 400 milhões e a porcentagem de crianças na escola saltou de 58% para 75%.

A África, que já tem um bilhão de habitantes, é superada levemente em população pela Índia. No entanto, neste continente outrora associado à pobreza, há mais gente de classe média (cuja renda anual supera os US$ 20 mil) do que na emergente Índia. Espera-se que, entre 2000 e 2014, a África passe de 59 a 106 milhões de pessoas que ganhem anualmente mais de US$ 5.000 do que gastam em alimentos.

Democracias

No fim da Guerra Fria, quase toda a África estava regida por ditaduras, mas hoje a maioria de seus países tem governos eleitos. O índice de violência política e guerras ao sul do Sahara caiu em 1/3. A África ainda é o único continente onde todas as suas repúblicas decidiram auto-destruir suas armas de destruição massiva (como fizeram a Líbia e a África do Sul).

Hoje, o continente passa por um  boom nos setores de construção, turismo, comunicações e finanças. Para quem não representava praticamente nada na produção mundial, a África hoje possui uma produção continental que gira em torno de US$ 1,6 bilhões, quase igual à Rússia, que outrora foi uma das duas superpotências.

(*) Analista de política internacional, Isaac Bigio lecionou na London School of Economics e assina coluna no jornal peruano Diario Correo. Fale com ele pelo e-mail [email protected] Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. ou pelo Blog do Leitor. Tradução: Angélica Resende/BR Press.

Isaac Bigio

Isaac Bigio vive em Londres e é pós-graduado em História e Política Econômica, Ensino Político e Administração Pública na América Latina pela London School of Economics . Tradução de Angélica Campos/brpress.

Cadastre-se para comentar e ganhe 6 dias de acesso grátis!
CADASTRAR
Translate