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Terremoto? Terrorismo? Guerra?

(Londres, brpress) - Terremotos no Haiti e Chile mostram como natureza pode matar mais que ataques nucleares ou atentados, mas defesa prioriza gastos militares. Por Isaac Bigio.

Isaac Bigio*/Especial para brpress

(Londres, brpress) – Mais de ¼ dos países do mundo decretaram alerta para uma possível tsunami, depois que um terremoto destruiu boa parte de Concepción, no Chile, neste final de semana. O que ocorreu no Haiti em 12 de janeiro mostrou como, em poucos segundos, a terra pode matar mais, em um só lugar, que todas as bombas nucleares ou atentados terroristas juntos, ocorridos ao longo da história.

    No entanto, o eixo da defesa de todos os países consiste em priorizar os gastos militares. Não há uma única potência que destine a maioria de seus recursos de defesa para proteger a população do pior terrorismo de todos – o da natureza. Nem tampouco existe uma organização mundial  destinada a coordenar a prevenção e imediata resposta de ajuda diante das catástrofes naturais, que sempre podem afetar mais de um país ao mesmo tempo.

    Infra-estrutura
   
    Os sismos são produzidos pelo choque ou roçar entre placas tectônicas subterrâneas. Estes movimentos deram origem aos Andes, aos Alpes e ao Himalaia, ao longo de milhões de anos, e geraram as terras férteis da região e sua riqueza mineral. O acontecido recentemente na América Latina mostra que outras catástrofes naturais podem ocorrer no meio da região e em qualquer continente.

    A América Latina foi abalada por dois grandes terremotos num lapso de poucas semanas. Ainda que o terremoto chileno tenha sido muito mais poderoso que o haitiano, é possível que tenha produzido 250 vezes menos mortos que o quarto de milhão de haitianos. Vale lembrar que o sismo haitiano se deu mais próximo da capital, num país sem infra-estrutura anti-sísmica.

    Extinções massivas
   
    O terremoto da madrugada de 27 de fevereiro se deu nas costas da região do Bio Bio, o rio mais largo do Chile, que separava os reinos mapuche dos incas e, mais tarde, dos espanhóis e da nova república pós-colonial. Este terremoto foi o sétimo mais forte a ser registrado na história, sendo o maior de todos o que ocorreu neste mesmo país há exatamente meio século (Valdívia, 1960).

    Catástrofes naturais produziram todas as extinções massivas de espécies (incluindo as dos dinossauros). Explosões vulcânicas (isoladamente ou produzindo tsunamis) destruíram a maior civilização humana há 3.600 anos, a ilha grega de Creta, que muitos acreditam ter sido a verdadeira Atlântida.

    Acredita-se se que uma delas eliminou a grande fauna e a quase todos os habitantes da América do Norte há 12 ou 13 mil anos, e outra, ocorrida há dezenas de milhares de anos, no mesmo arquipélago indonésio do tsunami do qüinqüênio passado, quase extermina toda a humanidade.

(*) Analista de política internacional, Isaac Bigio lecionou na London School of Economics e assina coluna no jornal peruano Diario Correo. Fale com ele pelo e-mail [email protected] ou pelo Blog do Leitor. Tradução: Angélica Resende/brpress

Isaac Bigio

Isaac Bigio vive em Londres e é pós-graduado em História e Política Econômica, Ensino Político e Administração Pública na América Latina pela London School of Economics . Tradução de Angélica Campos/brpress.

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