Alice Cooper impressiona gaúchos

(Porto Alegre, brpress) - Em pouco mais de 90 minutos de show, o cantor, de 63 anos, demonstrou energia de quem ainda tem 18, com todo apelo cênico. Por Marcel Bittencourt.

(Porto Alegre, brpress) – Na última terça-feira (31/05), Porto Alegre recebeu o primeiro show da turnê No More Mr. Nice Guy – The Original Evil Returns, de Alice Cooper, no Brasil. São Paulo e Rio assistem, respectivamente, ao veterano do rock teatral nesta quinta (02/05) e sexta (03/05).

Em pouco mais de 90 minutos de show, o cantor, de 63 anos, demonstrou a energia de quem ainda tem 18, com um espetáculo completo em todos os sentidos.

Pouco depois das 21h15, após curto show de abertura dos gaúchos do Rosa Tattooada, Alice Cooper sobe ao palco, abrindo seu set com The Black Widow, primeiro clássico da imensa gama de sucessos que viria a seguir.

Presença cênica

Do topo de uma escada, vestido a caráter e emitindo faíscas das mãos, Cooper impressiona om sua presença cênica desde o primeiro momento.

Acompanhado de uma banda competentíssima, capitaneada pelo guitarrista Steve Hunter, Alice Cooper revisitou sua carreira, priorizando os álbuns Love It To Death e Killer (1971), School’s Out (1972), Billion Dollar Babies (1973) e Welcome To My Nightmare (1975).

Além dos clássicos incontestáveis que levantaram o público, como a seqüência arrebatadora I’m Eighteen, Billion Dollar Babies, Under My Wheels e No More Mr. Nice Guy, logo no início da apresentação, Alice Cooper ainda surpreendeu apresentando material inédito (a excelente I’ll Bite Your Face Off) e presenteando os fãs com Hey Stoopid, que não era executada ao vivo há tempos.

Bom momento

Além dos itens básicos que compõem um show (som e luz), Alice usa e abusa da eficiência do aspecto cênico em sua apresentação. A famosa teatralidade do vocalista está, sem dúvida, em excelente momento.

Os cenários também contribuem para a riqueza do espetáculo, seja na muleta e no andar cambaleante em I’m Eighteen, na espada com dólares em Billion Dollar Babies ou na boneca com a qual Alice se permite dançar, beijar – e espancar –, em Only Women Bleed e Cold Ethyl.

Guilhotinado

Mas, com relação aos efeitos visuais, nada se compara ao monstro gigante de Feed My Frankenstein (que divertiu a todos, sem exceção) e ao próprio Alice guilhotinado, após Wicked Young Man. O resultado estético destes elementos contribui muito para a grandiosidade dos shows de Mr. Cooper.

Todos estes elementos serviram de condução ao final apoteótico e estrondoso com School’s Out (que teve ainda Another Brick in The Wall adaptada e inserida antes do último refrão).

Hendrix

Para o bis, com direito a bandeira do Brasil e camiseta da Seleção Brasileira (logicamente, número 18, referência ao hit I’m Eighteen), a banda optou por Elected, além de uma interessante versão de Fire, de Jimi Hendrix.

Apesar do público bastante reduzido no Pepsi on Stage – cerca de mil pessoas numa casa com capacidade para sete mil –, Alice Cooper apresentou de forma impecável aquele que foi, sem sombra de dúvida, um dos melhores shows de 2011 em Porto Alegre.

(Marcel Bittencourt/Especial para brpress)

São Paulo

02/06

Credicard Hall – Av. das Nações Unidas, 17.981

R$ 100, R$ 120, R$ 140, R$ 350 (camarote – setor II e poltronas – setor II), R$ 400 (camarote – setor I e poltronas – setor I), R$ 140 (pista), R$ 120 (plateia superior I) ou R$ R$ 100 (plateia superior II e III)

Rio de Janeiro

03/06

Citibank Hall/RJ – Av. Ayrton Senna, 3000

R$ 120 (pista), R$ 200 (poltronas) ou R$ 240 (camarote)

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