Black Eyed Peas: ‘boate’ na Apoteose
(Rio de Janeiro, brpress) – No último domingo (24/10), em show alucinante, quarteto embalou cariocas com aclamados hits de pista e teve ainda Jorje Ben Jor. Por Felipe Kopanski.
Sob um conceito robótico e futurista, marca registrada da megaturnê The E.N.D. – The Energy Never Dies, os integrantes Apl.de.ap, Taboo, Fergie e Will.i.am saíram de dentro do imenso palco para começar o show e contagiar a galera, formada por jovens, pais e filhos. Aliás, a presença da criançada foi algo realmente notável. Logo na primeira música, Let´s Get It Started, do álbum Elephunk (2003), o grupo já pôde mostrar como seria o ritmo do resto da noite: alucinante.
Apesar de algumas pancadas de chuva durante o show, o Black Eyed Peas não deixou o público esfriar em nenhum momento. O entusiasmo visto na banda, turbinado pela riqueza e a tecnologia do cenário, que destacava grandes telões interativos, dançarinos coreografados e muitas luzes, contagiava a plateia hipnotizada.
O Black Eyed Peas se mostrou extremamente convincente e carismático ao vivo. Isso, sem falar na execução perfeita do extenso repertório de músicas conhecidas, que destacou: Meet Me Halfway, Don’t Phunk With My Heart, My Humps, Imma Be, Boom Boom Pow, Pump It, Where´s The Love?, entre outras.
Ben Jor
Além das declarações de amor ao “Riou di Janeirou”, como os astros diziam, a presença de um ilustre convidado deixou a noite mais “abrasileirada” e menos high-tech. Após a música Mas Que Nada, versão da banda com o pianista brasileiro Sérgio Mendes para a composição de Jorge Ben Jor, o próprio subiu ao palco para cantar ao lado do quarteto.
“Vou chamar aqui um cara que é o meu herói. Se estou aqui hoje no Brasil é por causa dele, Jorginho. Vou chamar o meu amigo Jorge Ben Jor”, anunciou o líder Will.i.am. Em inspirados solos de guitarra, o músico retribuiu o carinho e cantou a clássica Chove Chuva. Mas a ordem parece não ter sido ouvida e o tempo literalmente melhorou.
Durante as músicas, cerca de 20 dançarinas do show apareceram caracterizadas de mulatas e passistas nas passarelas que contornavam parte da pista. Detalhe: até mesmo a musa pop Fergie caiu no samba e também mostrou que entende do assunto. Ao menos, ela não fez feio e conseguiu arrancar aplausos.
Na segunda metade da apresentação, o colombiano Juanes também foi convidado para a festa. No entanto, o músico apareceu somente nos telões, dando a deixa para a execução de um trecho de sua música La Paga, que, por sinal, não agradou muito o público presente.
Solos para respirar
Para dar um tempo para o público respirar, o Black Eyed Peas se dividiu com shows particulares no meio da apresentação. Isso porque cada um dos integrantes retornava sozinho para uma performance no palco. Após uma dança de Apl.de.ap e um vídeogame com Taboo, Fergie roubou a cena ao cantar os sucessos de seu disco solo, The Dutchess, destcando Glamorous, Fergalicious e Big Girls Don’ Cry.
Atacando de DJ, apesar das vestimentas aparentar mais uma espécie de robô, Will.i.am também foi bem em sua seleção de velhas e conhecidas músicas. Na sua lista, teve de tudo: de Thriller, de Michael Jackson, a Song 2, do Blur, passando por Sweet Child O’Mine, do Guns N’Roses, American Boy, de Estelle, e até (I’ve Had) The Time of My Life, do filme Dirty Dancing – tema do novo single The Time.
‘De casa’
Depois de duas horas de show, o Black Eyed Peas ainda tinha tempo para mais algumas surpresas. Will.i.am, em uma apresentação mais que inspirada, voltou a elogiar o Brasil. Disse que já esteve no Rio de Janeiro por cinco vezes e que ainda pretende morar na Cidade Maravilhosa. Era tudo que os fãs precisavam ouvir para terminarem a noite satisfeitos. Ou não – pois queriam mais.
No último bis, digno de uma megaprodução, o grupo finalmente cantou a música que todos pediam desde o início: I Gotta Feeling, que levou a multidão ao delírio com direito a explosões de papel picado e fumaça. Após a música, o refrão “Parapapapa”, do Rap das Armas (Cidinho e Doca), que marcou o filme Tropa de Elite, toda a banda foi apresentada e aplaudida.
(Felipe Kopanski/Especial para brpress)
BLACK EYED PEAS NO BRASIL
Belo Horizonte
Mega Space – Av. das Indústrias, 3000. Santa Luzia – MG (31) 2102-4848
Ingressos: De R$ 70 (pista, meia-entrada) até R$ 500 (espaço golden)
Porto Alegre
Estacionamento FIERGS – Avenida Assis Brasil, 8787. (51) 3347-8636
Ingressos: De R$ 100 (pista) até R$ 350 (espaço golden)
Florianópolis
Estádio Orlando Scarpelli – Rua Humaitá, 194. (48) 3878-3956
Ingressos: De R$ 60 (cadeira frontal) até R$ 400 (camarote open bar)
São Paulo
Estádio Morumbi – Praça Roberto Gomes, 1. (11) 3749-8000.
Ingressos: De R$ 100 (arqui. laranja) até R$ 600 (espaço golden)
Ingressos online pelos sites www.livepass.com.br (BH, POA e São Paulo); e www.ingressorapido.com.br (Florianópolis).