
Britney nem tão fatal assim
(brpress) - Femme Fatale não chega a ser fatal, mas mostra uma artista ainda com fôlego para se aventurar. Por Caesar Moura.
(brpress) – Femme Fatale, sétimo álbum de estúdio da cantora norte-americana Britney Spears só será lançado oficialmente no dia 29 de março, mas desde a última sexta (11/03), o trabalho já se encontra inteiro disponível na internet.
Como de praxe, Femme Fatale conta com um time de produtores que incluem Dr.Luke e o quase onipresente Max Martin. Geralmente, quanto mais colaborações influenciam num trabalho, mais chances ele tem de ficar descaracterizado – coisa que não acontece aqui.
In The Zone (2003) já apontava para um novo direcionamento na música de Britney, mas foi com Blackout (2007) – ironicamente o CD lançado em meio à fase mais conturbada da carreira da performer – que ela definitivamente rompeu com o pop enlatado e partiu para uma sonoridade mais madura, mais experimental (ao se comparar Britney com ela mesma) e mais eletrônico.
Aliás, a opção pelo eletrônico tem sido uma ótima saída para artistas de alcance vocal limitado – como é e sempre foi o caso de Britney Spears.
Faixa a faixa
Til the World Ends, composta pela cantora Ke$ha, é a primeira das 12 faixas do novo álbum. Próximo single de Britney, é sucesso garantido nas pistas de dança com seu refrão que gruda nos ouvidos já na primeira audição.
I Wanna Go é euro disco até sua última nota e de longe uma das melhores faixas de Femme Fatale, junto a The Big Fat Bass com participação de Will.i.am – faixa que bem poderia estar no último CD do Black Eyed Peas.
Criminal que traz uma flauta no melhor estilo Bread (banda cheia de baladas de sucesso nos anos 1970) e letra que brinca de ser prima distante de sucessos kitsch como Bang Bang (hit na voz de Cher e Nancy Sinatra, em 1966).
Veredicto
Femme Fatale não é o melhor CD de Britney (posto ainda ocupado por Blackout), mas com certeza já se configura como um dos melhores CDs pop do ano. A cantora, definitivamente, não chega a ser fatal, como o título do álbum sugere, mas se mostra como uma artista ainda com fôlego para se aventurar no perigoso e maravilhoso mundo da experimentação.
(Caesar Moura, do Farm40Graus/Especial para brpress)