Diana Krall: eclética assumida
(São Paulo, brpress) - "Sou mesmo uma bagunça. Aliás, I'm a Mess é nome de uma nova canção", revela cantora canadense, em papo com jornalistas. Por Juliana Resende.
(São Paulo, brpress) – Esguia, loira e simpática, Diana Krall se encontrou com poucos jornalistas na tarde desta quarta-feira (15/09), num lounge no Shopping Iguatemi. A conversa transcendeu os quatro shows – dois em São Paulo, um em Brasília (sábado, 18/09) e outro no Rio (20/09) – que faz no Brasil, país que ama musicalmente e que é referência principal de Quiet Nights, décimo segundo álbum de Krall, tema da turnê.
“Quando se fala e estuda jazz, a bossa nova é matéria importante. Eu adoro e sempre me sinto um pouco intimidada quando venho tocar no Brasil”, diz. “Sua música é algo totalmente maravilhoso”, continua, para depois contar, sorrindo, que tem uma foto com João Gilberto – seu maior ídolo, ao lado de Sonny Rollins, Wayne Shorter, Tom Jobim e outros mestres.
Aos 43, casada e com filhos, Krall é quase uma sereia em meio ao clube do bolinha que é o jazz. Ao piano, ela se mostra eclética neste show – motivo de questionamento de um jornalista respondido com uma novidade. “Sou mesmo uma bagunça. Aliás, I’m a Mess é nome de uma nova canção”, revela. “Mas prefiro ser assim a ser previsível e entediante”.
A turnê Quiet Nights contempla 13 países – ela já rodou a Europa de ônibus com os filhos e se diz pronta para uma pausa depois de cumprir todas as datas. “Foi demais”, conta, concordando que pretende parar para descansar e rever conceitos musicais. “Tenho sorte de estar em turnê, nestes tempos de crise, mas quero ter tempo para compor também e repensar os rumos”.
Erotismo
Nem só de ecletismo vive Krall. Erotismo também tem lugar cativo neste trabalho:. “Não é tímido. Não é superficial ou imaturo. Sinto que este álbum é muito feminino – como se você estivesse deitado na cama ao lado do seu amor sussurrando em seu ouvido”, explica. Não é figura de linguagem. “É um álbum sensual, francamente erótico e foi feito para ser assim”, resume a artista.
Seja na revitalizada versão de Where or When até a totalmente tocante versão de You’re My Thrill, as dez canções de Quiet Nights trazem uma desconcertante intimidade.
Ingressos de R$ 200 a R$ 400, para todos os shows.
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