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Alex KapranosAlex Kapranos

Franz Ferdinand incendeia SP

(São Paulo, brpress) – Quarteto de Glasgow encerra turnê brasileira na Paulicéia, com direito à jam session de bateria em show lotado. Ivan Chagas conferiu e conta como foi.

(São Paulo, brpress) – Na noite da última terça (23/03), a megalópole aparentava estar serena e pacífica como há tempos não se via. O trânsito local cessou, o céu não ameaçava chuva e estresse parecia uma palavra não mais pertencente ao dicionário dos habitantes de uma das maiores cidades do mundo. Enquanto isso, no interior da casa de shows Via Funchal, mais de seis mil pessoas presenciavam o quarteto de rock escocês Franz Ferdinand colocar o local abaixo, em sua derradeira apresentação da turnê brasileira de divulgação do último álbum da banda, Tonight.

    O grupo liderado pelo abatido Alex Kapranos, acometido por uma virose, subiu ao palco para mostrar que não apenas sua carreira, de quase dez anos e três elogiados álbuns, é uma espiral em constante ascendência. Suas apresentações também começam no trivial e se finalizam com ares de antologia.

    Tô bege

    Sempre inovador, o Franz Ferdinand se deparou com um público ainda pouco acostumado com o acabamento rock’n’roll sintetizado que as canções de Tonight receberam. E, exatamente por esse motivo, os quatro integrantes se despiram de parafernalhas tecnológicas, plugando os instrumentos nos chamativos amplificadores de tom bege, para entregar aos paulistanos o mais puro rock europeu, com direito a duelos de guitarra memoráveis entre Kapranos e Nick McCarth – estivessem eles ajoelhados no palco, ou dependurados nas caixas de som.

    Enquanto as novas canções amargavam um pouco na boca da platéia, exceções como Ulysses e No You Girls, sucessos do primeiro e segundo CD, como Do You Want To, Walk Away, Take Me Out (primeiro single da banda) e This Fire (que ganhou uma nova roupagem, mais demorada, com iluminação vermelha remetendo ao fogo do título) renderam uma ótima interação com a platéia presente.

    Bateria desmembrada

    Inesquecível mesmo foi a jam session que Kapranos, McCarthy, Bob Hardy (baixo) e Paul Thomson (bateria) protagonizaram quando pedaços da bateria da banda foram literalmente arrastados para frente do palco, e os quatro integrantes se revezaram em batidas e movimentos audaciosos minutos a fio, no melhor estilo Blue Man Group.

    Apesar da pouca utilização do teclado sintetizador também tocado por McCarthy, a tecnologia, por mais simplista que fosse, ficou somente no telão presente na parte de trás do palco, onde imagens acompanhavam o propósito das canções: desde o sex appeal de No You Girls até a psicodelia do excelente cover All My Friends, do LCD Soundsystem, música que Kapranos dedicou “aos meus amigos de São Paulo”.

    Como é de praxe, os visitantes sempre mostram ao público um pouco do português aprendido a duras penas na recente estadia no país. E assim sendo, dificultosos “É isso aí, mano”, “Obrigado” e até mesmo um “Tá bom assim?” puderam ser ouvidos da boca de Kapranos, referindo-se ao som que a banda fazia naquele momento, pouco antes do vocalista arrematar em inglês de alto e bom tom: “Essa é a quarta vez que estamos no Brasil. E cada vez que tocamos aqui, tudo fica melhor”.

(Ivan Chagas/Especial para brpress)

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