

Gal Costa por Caetano Veloso
(São Paulo, brpress) - Concebido e dirigido por Caetano, show Recanto apresenta músicas novas e resgata sucessos da cantora.
(São Paulo, brpress) – Em turnê do disco Recanto até o começo de 2013, a cantora Gal Costa segue na estrada. Concebido e dirigido por Caetano Veloso (leia texto dele abaixo), o espetáculo apresenta músicas novas e resgata sucessos de sua carreira.
Recanto, trigésimo disco de Gal Costa, traz músicas escritas pelo parceiro Caetano e coprodução de Moreno, filho de Caetano e afilhado de Gal. Com sonoridade experimental, o álbum mistura rock, programações eletrônicas e dub-step à MPB.
Além das canções novas, Madre Deus e Mansidão, destaque para alguns clássicos como Da Maior Importância, Divino Maravilhoso, Folhetim, Barato Total, Dom de Iludir, Baby, Vapor Barato, Força Estranha e Meu Bem, Meu Mal.
Recanto por Caetano Veloso: batom vermelho
“Quando voltei do exílio londrino, me apresentava usando batom vermelho. Meu cabelo descia até os ombros e era repartido no meio. Um retrato vivo de Gal Costa, pensado como uma homenagem a ela ter encarnado os tropicalistas expatriados durante aqueles anos.
O disco é meu trabalho composicional de agora. Quis fazê-lo com o som da voz dela. Não se tratava de meramente relembrar o passado de Gal, mas de produzir com ela uma peça que fosse forte como expressão atual e, assim, estivesse à altura do nosso histórico. Sonhei com isso por um bom tempo.
Recanto Escuro
“Finalmente comecei a compor e a imaginar arranjos e sonoridades. Tudo fluiu muito rápido (o tempo que tomamos foi para fazer tudo com naturalidade, interrompendo para cumprir nossas agendas apertadas e voltando a pôr a mão na massa quando estivéssemos relaxados).
As letras desse disco são ao mesmo tempo muito diretas e um tanto enigmáticas. Não pude evitar. Recanto Escuro, que é uma biografia cifrada da própria Gal (mas tem elementos de minha própria biografia), foi composta primeiro sem palavras. Todas as letras me surpreenderam à medida que foram se construindo.
No mais, deixamos Gal Costa soar como ela soa. E aqui particularmente sóbria. Basta-lhe o timbre e o relaxamento. Sem intenções interpretativas óbvias e sem demonstrações de capacidade musical. Quanto mais simples, mais simplesmente Gal, maior a integração com os sons às vezes ásperos, às vezes etéreos da eletrônica.”
Caetano Veloso
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