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Geração Recife Lo-Fi

(Recife, brpress) - Coletânea reúne 21 artistas da capital pernambucana que gravaram suas músicas em home studios e até em celulares. Alguns deles tocam ao vivo nesta sexta (05/02). Por Jarmeson de Lima.

(Recife, brpress) – São 21 artistas reunidos, mas poderiam e podem ser bem mais. Tanto é que, segundo o idealizador do projeto, este é apenas o primeiro volume de uma série. O ambicioso feito é a coletânea Recife Lo-Fi, organizada por Zeca Viana, abrangendo cantores e bandas recifenses que gravam músicas no aconchego de seus lares.

Para oficializar o lançamento da coletânea, alguns dos artistas participantes tocam ao vivo nesta sexta (05/02), a partir das 22h, no Quintal do Lima, com shows de Júlia Says, Gleisson Jones, Ex-Exus e Zeca Viana & O Conjunto Imaginário, além de diversos convidados que terão a chance de tocar junto no mesmo palco. “Será uma ótima oportunidade para todo mundo que fez parte do projeto se conhecer e divulgar o trabalho”, espera Zeca.

O projeto é uma bela iniciativa que mapeia estes talentos ocultos, que raramente fazem shows e que conquistam um público virtual com suas gravações antes mesmo de serem conhecidos em sua própria cidade. O que une esta galera tão diferente em ideologia, estilo e até mesmo idade é esse pequeno domínio das tecnologias de gravação em softwares caseiros para lançar na internet o que vem sendo gravado há tanto tempo.

Barulhinho bom

O fato de serem gravações “lo-fi” ou com pequenas falhas de captação não torna as músicas da coletânea desagradáveis aos ouvidos. Para Zeca, isto já é um “charme”, um toque especial inerente ao projeto. “Esperamos, com isso, oferecer uma panorâmica do que vem sendo gravado nos quartos e home studios do Recife nessa última década”, afirma Zeca.

No projeto há espaço tanto para gente nova como Matheus Mota e a adolescente Milla Bigio, como para o professor de filosofia e compositor Jalu Maranhão e os artistas e performers Grilo e Paulinho do Amparo. Alguns deles são compositores compulsivos. Lulina, Vitor Toscano e o próprio Zeca Viana parecem só ter como limites o espaço em seus HDs.

Para toda obra

A inspiração faz com que gravem com uma urgência sem limites as músicas que surgem à cabeça. E nessa hora vale tudo. “Usamos um microfone de computador, um PC e um programinha simples de gravação. Eu toquei meu violão verde, Leo Monstro tocou minha gaita, calimba e alguns chocalhos que eu trouxe da Amazônia”, revela Lulina, ao comentar a gravação da faixa Birigui, presente na coletânea.

“Minha música presente na coletânea foi gravada na casa dos Los Porongas, em São Paulo. Fui lá um dia pra trocar uma ideia, tocar e ouvir canções minhas e deles. Foi quando o João Eduardo (guitarrista dos Porongas) começou a gravar as músicas que eu estava, despretensiosamente, tocando em voz e violão mesmo, cantando baixinho, em falsete pra não incomodar a vizinha chata deles”, revela o cantor Bruno Souto, que também é vocalista da banda Volver.

“O legal do projeto é isso. Tem gente que gravou do celular, outros de mp3… O importante é mostrar ao mundo que eles existem e estão gravando”, enfatiza Zeca Viana. “A coletânea serve como uma vitrine para essas pessoas que têm uma qualidade artística excepcional”, complementa. Até o momento, de forma bem espontânea, a coletânea Recife Lo-Fi ganhou várias adesões pela internet, que vem divulgando o projeto e o link das músicas para download.

Ingressos: R$ 5,00.

Mais informações: http://recifelofi.blogspot.com
   
(Jarmeson de Lima/Especial para brpress)

Quintal do Lima – Rua do Lima, 100

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