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Green Day levanta platéia no Anhembi.DivulgaçãoGreen Day levanta platéia no Anhembi.Divulgação

Green Day arrasa no Anhembi

(São Paulo, brpress) – Em pouco mais de três eletrizantes horas, banda mostra repertório para todos os gostos, esbanja simpatia e prova que ainda tem muita lenha para queimar. Por Gabriel Bonis.

(São Paulo, brpress) – “Estamos há 12 anos sem vir ao Brasil. Estou me mudando para São Paulo. Odeio os EUA e agora vou me mudar para cá. Mas mudar de nome. Vocês vão ter de me chamar de outra coisa”, brinca Billie Joe Armstrong, no início do show do Green Day, no Anhembi, na noite da última quarta-feira (20/10).

O ânimo do vocalista, de 38 anos – assim como toda a banda – entregava o que estava por vir. O “tiozões” provaram que ainda podem agitar uma platéia de 20 mil pessoas com facilidade e, de quebra, esbanjar energia.
 O trio californiano, relançado ao estrelato com o aclamado disco American Idiot (2004), subiu ao palco por volta das 9h30, de onde só saiu às 0h35, sob uma chuva de aplausos.

Abrindo a noite com 21st Century Breakdown e Know Your Enemy, o grupo “quebrou” logo a tensão e chamou dois integrantes da platéia para o palco – inclusive, com direito a “selinho” de Armstrong na fã escolhida para um dueto.

Em mais uma noite gelada, o vocalista tratou fazer os paulistanos – que lotaram o Anhembi – esquecerem o frio, garantindo forte presença de palco da banda, interação e uma conexão instantânea, e duradoura, com a platéia, que delirava e obedecia cada grito de “São Paulo” e “Estão prontos? Vamos ficar loucos?”, do músico.

220 volts

Ao longo de três horas de apresentação, o Green Day não deixou a platéia “esfriar”, nem mesmo durante as baladas, como Boulevard Of Broken Dreams, e demonstrou que os integrantes da banda estão em plena forma, pois emendavam uma música na outra, sem pausas.

Além disso, a pirotecnia também merece destaque. Chamas, das quais se podia sentir o calor na pista, explosões, confetes, máquinas de lançar camisetas, papel higiênico e água – mesmo no frio -, fogos e iluminação foram um espetáculo à parte.

Com um set list completo, variando desde hits como When I Come Around, Burnout e 21 Guns, o público pôde ouvir um pouco das diversas fases da banda, embora os sucessos do passado tenham animado mais a platéia.
Também não faltou humor, já que Billie Joe sempre fazia um comentário ou ato engraçado, como abaixar as calças ou insinuar atos sexuais. Sem esquecer das performances fantasiadas dos demais integrantes do grupo.

Guns e AC/DC

Entre os covers, uma versão de Sweet Child Of Mine, do Guns N´Roses – com direito a voz fina –, Rolling Stones e AC DC e sua clássica Highway To Hell, que levou o público a cantar ensandecidamente o refrão.

Chamar fãs ao palco é normal nos shows, mas quando Billie Joe Armstrong perguntou quem queria cantar Longview, provavelmente não esperava ver o que viu. Um garoto subiu ao palco e mostrou toda sua energia, conduzindo a platéia e espantando os músicos. “Você é louco, totalmente louco”, disse Billie, ao fã, vestido em uma camisa jogada da platéia com a palavra “Stupid” (idiota, em inglês) e uma seta apontada para seu rosto.  “Esse foi o melhor show de toda a turnê! Assim você me deixa mal”, completou, falando sobre o desempenho do jovem, que ainda ganhou uma guitarra das mãos do vocalista. Não satisfeito, o fã ainda roubou a baqueta do Tré Cool.

O ponto alto do show, porém, fica para o momento em que a platéia deixa a banda em silêncio, apenas ouvindo os gritos de “Green Day”, em uma longa ovação. “Deixamos o melhor para o final e, o melhor, é São Paulo”, diz Billie, antes de cantar Nice Guys Finish Last.

De fato, o melhor ficou para o final, com as canções mais marcantes, como American Idiot, Jesus Of Suburbia, Time Of Your Life e Wake Me Up When September Ends. Em três horas, o Green Day provou que sabe entreter, divertir e politizar, sem “imbecilizar”.    

(Gabriel Bonis/Especial brpress)

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