Janet Jackson e Taylor Swift contra o machismo no pop
(brpress) - Janet Jackson se rebelou (ainda que graficamente) contra o machismo no festival de Glastonbury, e Taylor Swift revelou que sofria bulying de seu antigo empresário.
(brpress) – Fala-se cada vez mais sobre questões de gênero na música pop. Recentemente, houve dois capítulos importantes desta pauta: Janet Jackson se rebelando (ainda que graficamente) contra o machismo no festival de Glastonbury, e Taylor Swift revelando que sofria bulying de seu antigo empresário.
Na edição do Glasto 2019, que aconteceu de 26 a 30 de junho, e na qual Janet Jackson foi uma das headliners femininas, ela ganhou críticas pelo suposto uso de playback no palco. Mas o mais comentado foi um fato pré-show: a cantora alterou e twittou o cartaz do festival, com seu nome à frente de The Killers, The Cure e Kylie Minogue – quando no cartaz original estava por último. Virou até piada na rede social.
Janet não se pronunciou, mas o caso provocou discussões com a organização do Glastonbury, de como tornar mais igualitário um festival em que, tradicionalmente, cerca de oito em cada dez atrações são masculinas e cuja hegemonia do bolinha nos top headliners (atrações principais) só foi quebrada em 2016, com Adele e Beyoncé – a primeira artista negra a ser atração principal do festival Coachella, na Califórnia, em 2018.
“Olhar line-ups de festivais é ainda um pouco deprimente”, comentou no Guardian, a guitarrista KT Tunstall. “Não é algo isolado, restrito a festivais. O problema da discriminação de mulheres existe e está em todos os segmentos da música”, completou. Emily Eavis, filha do co-criador do Glastonbury, Michael Eavis, na fazenda da família, Worthy Farm, em Somerset, na Inglaterra. “Ainda recebo olhares enviesados de alguns executivos da música”.
Carta-desabafo
Nessa toada, Taylor Swift publicou, também no Twitter, uma carta-desabafo após descobrir que o empresário Scooter Braun comprou a gravadora Big Machine, de Scott Borchetta. O selo é dono de seus seis primeiros álbuns. No post, Swift afirma que sofria bullying de Braun, que atualmente trabalha com Ariana Grande e Justin Bieber.
“Esse é o pior cenário”, disse a cantora no post e o Twitter explodiu com a trend topic #WeStandWithTalyor {“Estamos com Taylor”, em tradução livre). Ela não teve a chance de comprar os direitos de suas músicas da Big Machine. Horas após a divulgação da carta, Borchetta divulgou um comunicado com detalhes do acordo da gravadora. Justin e Demi Lovato defenderam Braun.
Grandes nomes do pop feminino, como Adele, Rihanna e Beyoncé apoiaram Taylor Swift. Uma internauta comentou “Mesmo que você não goste de Taylor Swift, confie nas ações de mulheres na indústria de música. Elas sabem bem como isso funciona”.