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Johnny MarrJohnny Marr

Johnny Marr, professor

(São Paulo, brpress) - Se a Cultura Inglesa valoriza os professores, trazer o guitarrista foi tacada de mestre. Por Juliana Resende. 

(São Paulo, brpress) – Take me out tonight / Take me anywhere I don’t care I don’t care…. A plateia de 12 mil pessoas cantou junto este e outros versos mais complicados (em inglês) de sucessos dos Smiths que o ex-guitarrista do grupo, Johnny Marr, derramou no Memorial da América Latina, em show de encerramento do 19o. Cultura Inglesa Festival.  Foi lindo.

Aos 51, Marr exibiu forma musical, carisma e um corpinho invejáveis, dando uma aula de rock ao público – a maioria dos jovens que sequer haviam nascido quando os Smiths fizeram sucesso com os hits que levantaram a poeira dos coturnos e espantaram o frio (inclusive na alma dos fãs da finada banda dos anos 80).

Gênio modesto

Se a Cultura Inglesa valoriza os professores como diz sua propaganda, trazer o guitarrista, que leciona música em cursos especiais na Universidade de Manchester, foi tacada de mestre.  Marr é tido como gênio (dos mais modestos, vale dizer) pela bíblia do pop britânico New Musical Express. E como bom professor e ícone do indie rock, tendo influenciado vários guitarristas, ele soube mesclar perfeitamente clássicos dos Smiths (How Soon Is Now, There’s a Light That Never Goes Out e Bigmouth Strikes Again), trabalho próprio (faixas do novo álbum, Playland) e até uma versão disco deliciosamente psicodélica e libidinosa de Want You, do Depeche Mode – anunciando-a como um hino do clube Haçienda, berço da cultura rave e da acid house em ‘Madchester’. Deleite total.

A sensação que ficou  é que o tempo não passou desde os primeiros acordes dos Smiths. O melhor (ou pior, para quem venera): o cantor Morrissey não fez tanta falta a Marr, muito mais à vontade com sua própria banda de que quando tocou no Lollapalooza 2014. Logo ele arrancou o blaser de veludo e se jogou na energia do público, parecendo despido da camisa vermelha com poás brancos e da calça preta. Poucos notaram suas unhas esmaltadas de azul cintilante. Poucos notaram que mais de um quarto de século havia se passado.

Assista a um trecho do show no nosso Instagram: @br_press

(Juliana Resende/brpress)

Juliana Resende

Jornalista, sócia e CCO da brpress, Juliana Resende assina conteúdos para veículos no Brasil e exterior, e atua como produtora. É autora do livro-reportagem Operação Rio – Relatos de Uma Guerra Brasileira e coprodutora do documentário Agora Eu Quero Gritar.

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