Judas Priest: despedida?
(Londres, brpress) - 'Saideira' aconteceu no último sábado (26/05), num show totalmente esgotado, no Hammersmith Apollo. Halford diz que banda "nunca vai acabar''. Por Stella Bruk.
(Londres, brpress) – Desde o final de 2010, o Judas Priest anunciou que a turnê Epitaph seria a última da banda. Por isso, seria a mais longa, com o maior número de cidades. Dito e feito. A turnê também passou até pelo Brasil, em setembro de 2011. Mas a ‘saideira’ aconteceu no último sábado (26/05), em Londres, para um público de mais de oito mil pessoas, num show totalmente esgotado, no tradicional Hammersmith Apollo.
A noite teve como bandas de abertura a canadense Kobra & Lotus e Saxon, velhos amigos de estrada e conterrâneos do Judas. Assim que terminou o show do Saxon, a cortina da turnê Epitaph baixou para que os roadies montassem o palco para a apresentação elaborada do Judas, que envolve muito jogo de luz, lasers, fumaça, fogo e várias trocas de roupa do vocalista Rob Halford – tudo com muito brilho –, além da indefectível moto que invade o cenário.
Cai o pano
Foram 2h45 de show. As luzes se apagam, a cortina cai e a banda entra no palco ao som de Rapid Fire, do clássico disco British Steel, de 1980. Fazendo uma introdução antes de cada música, Halford dialoga com a plateia, sempre lembrando, de forma brincalhona, que no ano daquele determinado disco, muitos da plateia não haviam nem nascido.
Halford, à beira de completar 61 anos, puxa fundo dos pulmões para completar os longos agudos que marcaram seu estilo. É visível que ele fica ofegante entre um grito e outro, mas o metaleiro não deixa a potência cair. Movimenta-se por todo o palco no alto de suas botas-plataforma e divide olhares cúmplices com os membros da banda. Conversa bastante com a plateia, e incita o publico a entrar no clima.
Quando Halford afirma que o metal “foi uma criação dos ingleses”, o público delira, quase põe a casa abaixo. Como não poderia deixar de ser, o ponto máximo do show foi o hino Breaking the Law, e, próximo do final do show, quando o cantor adentra o palco com sua Harley Davidson, em meio a fogo e muita fumaça.
E quem já não pode conter as lágrimas de saudade das jaquetas e calças de couro, tachas e o velho quepe de capitão-mor do metal, considere as declarações de Mr. Priest ao final do show: “O Judas não acaba, não vai acabar nunca”, bradou Halford, que demorou mas se assumiu gay, desafiando o mundo machista do metal a continuar amando-o.
(Stella Bruk/Especial para brpress)
Setlist:
Rapid Fire
Metal Gods
Heading Out To The Highway
Judas Rising
Starbreaker
Victim of Changes
Never Satisfied
Diamonds & Rust
Prophecy
Night Crawler
Turbo Lover
Beyond the Realms of Death
The Sentinel
Blood Red Skies
The Green Manalishi (With the Two Pronged Crown)
Breaking the Law
Drum Solo >
Painkiller
————–
Electric Eye
————–
Hell Bent for Leather
You’ve Got Another Thing Comin’
————–
Living After Midnight