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Kraftwerk: viagem eletrônica no tempo. Foto: Sónar 2012Kraftwerk: viagem eletrônica no tempo. Foto: Sónar 2012

Kraftwerk: vintage e vanguarda

Banda alemã mostra, no Sónar 2012, com quantos sintetizadores se faz uma viagem audiovisual pela revolução digital. Por Juliana Resende.

(São Paulo, brpress) – De carro. De trem. De bicicleta. De foguete, rumo à Estação Especial Internacional. Nas partículas de urânio enriquecido. Ou na tela de um computador. Todos os caminhos levam ao século 21, embalados pelo Kraftwerk. Paramos no acostamento da Autobahn para antever o futuro e constatar que o passado nunca parou de passar – ele é uma estrada sem fim de ritmos e algorritmos…

O barulho do trem-bala (TransEurope Express), a paisagem em preto e branco tortuosa e esteticamente impecável da Tour de France, a sonoridade de Boing Boom Tschak!  É o Kraftwerk no palco e no espaço. Quatro senhores alemães, que, inspirados pela tecnologia, informática e sob os efeitos da Guerra Fria, transformaram em música os sons da revolução digital.

Conectividade

“FMI, Deutsche Bank, CIA, KGB, Chernobyl…” Instituições-chave de um tempo que parece longíquo e até soa vintage, mas que faz sombras no maravilhoso mundo atual da conectividade. São palavras que aparecem nos telões de alta definição ladeando o palco onde o Kraftwerk (“Homens Trabalhando”) orquestra sua ópera sobre inteligência – e burrice – artificial.

Pedra fundamental da música eletrônica, o Kraftwerk poderia ser enfadonho e frio – ou semi-humano como o ciborgue ManMachine que eles cantam. Mas é vivo e pulsante. É crítico e é genial; conceitual e extremamente acessível e dançante. Previsível e emocionante. Máquinas que tocam. Um Devo levado à sério.

Musik non stop

Quem teve o privilégio de ver esta banda ao vivo jamais terá tal experiência sensorial audiovisual deletada de sua memória. Só pelo espetáculo 3D – o mesmo que apresentou recentemente no MoMa – Museu de Arte Moderna de Nova York –, intitulado Kraftwerk – Retrospective 1 2 3 4 5 6 7 8,  o Sónar 2012 escreve um capítulo importante na história da música pop contemporânea. 

O show tridimensional inclui oito álbuns de estúdio do grupo: Autobahn (1974), Radio-Activity (1975), Trans-Europe Express (1977), The Man-Machine (1978), Computer World (1981), Techno Pop (1986), The Mix (1991) e Tour de France (2003).

Um must. Para entender a música – e o mundo – do século 21, vale a viagem ao último quarto do último século. Embarque na máquina do tempo do Kraftwerk e deixe essa nave te levar.

(Juliana Resende/brpress)

#brpressconteudo #kraftwerk #musicaeletronica #musiknonstop #sonar2012

Juliana Resende

Jornalista, sócia e CCO da brpress, Juliana Resende assina conteúdos para veículos no Brasil e exterior, e atua como produtora. É autora do livro-reportagem Operação Rio – Relatos de Uma Guerra Brasileira e coprodutora do documentário Agora Eu Quero Gritar.

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