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Lana Del Rey: cantora ganha corpo na mesma proporção de polêmica. DivulgaçãoLana Del Rey: cantora ganha corpo na mesma proporção de polêmica. Divulgação

Lana Del Rey: fale mal, fale bem, fale dela

(brpress) - Seria a vencedora do Brit Awards de Artista Revelação puro hype ou alguém para se levar a sério? Por Juliana Resende.

(brpress) – “Quem vai querer saber sobre uma garota sem que se possa falar mal dela?” A frase é de Madonna, cuja maestria em marketing está fora de questionamentos. Pois Lana Del Rey, vencedora do Brit Awards (o ‘Grammy’ britânico) de Artista Revelação  Internacional em fevereiro, parece ter aprendido bem a lição. Milionária fabricada pela indústria? Boca de botox? Voz de estúdio? Armação limitada? Pegadinha sexual?

    Ela diz que é a “Nancy Sinatra gangster” ou o equivalente musical de um filme de Vincent Gallo, de quem é fã (além de Elvis Presley). Mas há quem a denomine de “Frankenstein da cena indie”. Está aberta a polêmica, para deleite de Madonna. “É assim que se faz, garota”, diria a Material Girl à Lana.

Tira-teima

    Mas Lana Del Rey canta de verdade e muito bem. Basta ouvir – e ver – seus lânguidos vídeoclipes no YouTube, onde são campeões de audiência. Não, ela não canta patavina. Tanto que pagou o maior mico ao vivo no Saturday Night Live, recentemente.

    Seus defensores dizem que Lana pelo menos cantou de verdade. Seus detratores afirmam que seu show foi o pior momento do Saturday Night Live desde que Ashley Simpson se enrolou com o playback, em 2004.

    Falando nisso,  Madonna, por exemplo, foi ovacionada no show do intervalo do Superbowl mesmo fazendo uso ostensivo do playback. No caso de Lana, sua performance ruim pode ser fruto de simples nervosismo, como ela mesma alegou. Há, realmente, outros registros ao vivo em que ela manda bem.

Ascensão e queda

    Como o reinado pop está cada vez mais efêmero, não demorou muito para Lana Del Rey perder seu lugar no topo das paradas britânicas. Dois dias antes de ganhar o Brit Awards de de Artista Revelação Internacional –, a cantora americana amada no Reino Unido foi desbancada pela escocesa Emeli Sande, que logo na semana de lançamento de seu debut, Our Version Events, vendeu 100 mil cópias, conforme o Gigwise.

     Com o recém-lançado single Born To Die, Lana Del Rey caiu para a segunda posição quando Sande subiu, enquanto Adele, recordista de vendas em 2011, ficou na terceira colocação. Making Mirrors, de Gotye, é o quarto. A lista ainda traz Ed Sheeran, Maverick, Whitney Houston, respectivamente, na quarta, quinta e sexta posições.

    Lana já prepara sua volta às paradas, com a versão de Big Spender, sucesso na voz de Shirley Bassey em 1967, em dueto com o rapper Smiler.  A colaboração foi realizada em 2010 mas sai só agora, integrada na mixtape All I Know , de Smiler, com edição marcada para o final de fevereiro.

    Na pior da hipóteses, o hype está feito em torno de Lana. Ela merece: é estilosa, misteriosa, parece quere esconder seu passado como Lizzy Grant (uma cantora tímida que usava calça e camiseta com um repertório retrô) e é filha do empresário milionário Robert Grant, que teria pago marketeiros para moldarem a imagem da filha. Seja o que for, deu certo.

Mulher-bolsa (ou seria ‘mala’?)

    Ela ganhou até uma bolsa Mulberry batizada com seu nome (a mesma grife de luxo inglesa que chamou de Alexia Chung outra bolsa). O acessório, nomeado Del Rey, fez sua estreia no desfile de inverno 2013 da marca, realizado no último domingo (19/02), durante a London Fashion Week, a Semana de Moda de Londres.

    De acordo com um comunicado da marca, a estilista Emma Hill conheceu Lana em 2011 e ficou “encantada com seu espírito, sua voz melancólica e a beleza nostálgica da música Video Games”.

    A bolsa Del Rey chegará às lojas internacionais em maio, juntamente com a nova coleção de inverno, e custará a partir de £1.250 (cerca de R$3.300). Essa não é a primeira vez que a intérprete e a marca trabalharam juntas. Na apresentação de verão 2012, Lana cantou ao vivo durante o desfile da grife.

    Para muitos mais para uma mala sem alça – mas muito esperta e, sim, talentosa na representação de sua personagem –, Lana se reinventa a cada videoclipe. Cruzamento de Angelina Jolie e Wendy James, do Transvision Vamp, a moça certamente vai dar muito mais o que falar – e isso sem nenhuma música racha-assoalho.

(Juliana Resende/brpress)

    Assista aos vídeos de Video Games, Blue Jeans (abaixo) e recém-lançado Born to Die aqui:

Juliana Resende

Jornalista, sócia e CCO da brpress, Juliana Resende assina conteúdos para veículos no Brasil e exterior, e atua como produtora. É autora do livro-reportagem Operação Rio – Relatos de Uma Guerra Brasileira e coprodutora do documentário Agora Eu Quero Gritar.

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