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The Runaways: cinta-liga e guitarras

(brpress) - Nos anos 70, o rock ainda era um território praticamente dominado por homens, mas banda de garotas queria tudo de pernas para o ar. Por Ivan Chagas.

(brpress) – Nos anos 70, o rock n’roll ainda era um território praticamente dominado por homens. Mesmo com a liberação sexual provinda de Woodstock e os direitos femininos mulheres sendo conquistados a ferro e fogos nos sutiãs, as mulheres ainda eram vistas em boa parte dos EUA com os mesmos olhos da década de 50, ou seja, cabelos sem um fio fora do lugar, enroladas em aventais xadrez e munidas de uma torta de maçã quentinha em punho.

Enquanto algumas se contentavam em levar uma vida regrada, junto a maridos e filhos, outras – para ser mais específico cinco adolescentes na faixa dos seus 16 anos –, em pleno verão de 1975, resolveram chacoalhar o mundo e botá-lo de pernas para o ar, formando uma banda de rock, que batizaram de The Runaways – em inglês, as fugitivas.

Inicialmente formada apenas por Sandy West na bateria, Joan Jett na guitarra, e Micki Steele no baixo, a banda alterou sua integrantes apenas um ano depois, quando Micki desistiu da iminente fama e foi substituída por Jackie Fox. Juntamente com a troca de baixistas, houve também a agregação de Lita Ford, na guitarra solo e da vocalista Cherie Currie.

No fim do mesmo ano, o grupo gravou seu disco de estreia, intitulado apenas The Runaways, de onde sairia Cherry Bomb, um dos maiores sucessos do quinteto. O hit as levaria em uma grande turnê pelo território americano, assim como tomariam o posto de banda de abertura dos shows do Van Halen.

Arigatô

Em 1977, o segundo álbum de estúdio da banda, Queens of Noise,  (“As rainhas do barulho”), foi lançado pela Mercury Records, e o sucesso fez com que as garotas atravessassem o Pacífico, desembarcando no Japão, onde seu álbum alcançou o patamar de o 4º mais vendido naquele ano. O sucesso fez com que as garotas também gravassem um disco ao vivo no país. Na própria terra do sol nascente, os problemas entre as integrantes começaram a pipocar de todos os lados e Jackie Fox deixou a banda antes mesmo de retornar aos Estados Unidos.

Na metade daquele mesmo ano, a vocalista Cherie Currie decidiu abandonar o barco também e se lançar em carreira solo. Inevitavelmente, Joan Jett assumiu os vocais e a banda entrou em estúdio para gravar seu quarto álbum, intitulado Waitin’ for the Night. No fim de 77, por divergências de ordem financeira, o grupo decidiu não ser mais empresariado por Kim Fowley, e um acordo de anos foi rompido.

Terra da rainha

O ano de 1978 havia chegado e correu rapidamente, como era suposto para “as fugitivas”. Novo empresário, mais trocas de integrantes, mudanças até mesmo no estilo de se vestir e um novo álbum de estúdio a caminho. O grupo viajou para o Reino Unido, de onde saíram com And Now… the Runaways debaixo do braço. Esse seria o último álbum das garotas, o último suspiro das Runaways, que chegariam à margem do precipício na festa da virada do ano no Cow Palace, Califórnia.

The Runaways se separaram oficialmente em 1979, por “diferenças criativas”. Joan Jett seguia mais a linha punk, enquanto Lita Ford pendia mais para a vertente heavy metal. Anos depois, algumas integrantes da banda ainda tentaram realcançar o estrelato se juntando a outros grupos ou se lançando em carreiras solo, mas o sucesso jamais foi o mesmo alcançado pelas cinco teenagers de cabelos mal aparados, roupas de couro esfoladas e um bocado de atitude para mostrar que as mulheres poderiam mandar e muito bem num terreno calcado em características machistas.

(Ivan Chagas/Especial para brpress)

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