Vampiro afropop
Londres, brpress) - Vampire Weekend faz sucesso 'vampirizando' ritmos africanos e caribenhos, para produzir disco Contra, incensado nos EUA e Reino Unido, onde sai respectivamente nesta segunda e terça-feiras (11 e 12/01). Por Juliana Resende.
(Londres, brpress) – Parece até que o nome foi “fabricado” para que a banda pegasse carona na onda de vampiros que varreu o planeta em 2008 e 2009. Não é bem isso. E, seja logo dito, o grupo nova-iorquino “da hora” nada tem de gótico. Ao contrário, vampiriza o pop africano e caribenho, para produzir um som alegrinho, colorido. É o “world rock” pedindo passagem na segunda década dos 2000, incensado nos EUA e Reino Unido, onde sai respectivamente nesta segunda e terça-feiras (11 e 12/01), o disco Contra (também nada a ver com os opositores dos Sandinistas na Nicarágua).
O fato é que estes felizes rapazes americanos fazem um pop considerado original, por se apropriar daquilo que Paul Simon e Stewart Copland já fizeram há pelo menos três décadas. A diferença é o fashionable twist new wave – ah, os anos oitenta! – que a mistura sonora com um pé no eletrônico apresenta.
Graceland ‘new wave’
Também seja logo dito: esta que vos escreve engrossa o caldo dos céticos que, desde o lançamento do primeiro disco (homônimo) da banda, em 2008, não conseguem se livrar da sensação de que o que temos em Contra é o que tínhamos em Graceland, de Paul Simon.
Mas boa parte da crítica não pensa assim e aceita com simpatia o som dos vampiros bem nascidos como os conterrâneos Strokes mas não tidos (ufa!) como os salvadores da lavoura do rock – ainda que exageradamente elogiados. Resultado: quase todos os shows do Vampire Weekend nos EUA estão esgotados, incluindo os três em Nova York. No Reino Unido, simplesmente todas as cidades já sucumbiram às marombas e guitarras dos sugadores.
E você? Também vai oferecer seu pescoço?
Ouça Vampire Weekends no site da banda www.vampireweekend.com – com direito a download grátis da faixa Hocharta.
(Juliana Resende/brpress)