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Cena de O Rei e Eu: luxo na montagem brasileira dos autores de A Noviça Rebelde.DivulgaçãoCena de O Rei e Eu: luxo na montagem brasileira dos autores de A Noviça Rebelde.Divulgação

Toda realeza de O Rei e Eu

(São Paulo, brpress) - Adaptação sensível, atuações marcantes e uma história de sucesso fazem do espetáculo melhor opção do gênero em cartaz em SP. Por Lucianno Maza.

(São Paulo, brpress) – Mais conhecido no Brasil por sua versão cinematográfica, estrelada por Deborah Kerr e Tul Brynner, nos anos 1950, na Era de Ouro dos musicais, O Rei e Eu é um grande clássico do gênero que ganha montagem nacional no Teatro Alfa. A história se passa no século 19 e mostra uma progressista professora inglesa, que chega ao reino do Sião para ensinar as muitas mulheres e dezenas de filhos do carismático rei, que tem ideias modernas, pleiteando a aproximação com o ocidente, mas sem conseguir deixar de ser um tirano.

A base da trama é este encontro conflituoso entre a professora e o monarca, que explora  suas diferenças e, em paralelo, acompanhamos a história de amor impossível entre Tuptim, uma estrangeira oferecida ao rei, e Lun Tha, um serviçal, ambos acobertados pela professora, e perseguidos por Lady Thiang, a principal esposa do palácio.

Fatos reais

Baseado no romance Anna e o Rei do Sião, de Margareth Landon, que, por sua vez, foi escrito a partir das memórias reais de Anna Leonowens – educadora britânica que viveu esta história no Sião (atual Tailândia), entre os anos 1862 e 1868 –, o musical estreou na
Broadway em 1951 e leva a assinatura de Richard Rodgers (música) e Oscar Hammerstein II (letra), responsáveis pelos maiores sucessos de todos os tempos no gênero, como A Noviça Rebelde.

O texto, com uma estrutura convencional, comunica a história de forma clara, coerente e emocionante. Emoção esta completada pela força e beleza das músicas da dupla. As canções, algumas memoráveis, como Something Wonderful, ganharam versões de Cláudio Botelho, mais uma vez em um trabalho admirável de tradução e adaptação, com sensibilidade, graça e fluxo, que tornam agradabilíssima a audição das músicas em português.

A direção e idealização da montagem brasileira são de Jorge Takla, que, apoiado nos deslumbrantes cenários – com os mais bonitos telões pintados já vistos nos palcos – e figurinos, concebe uma encenação de encher os olhos. Com grande riqueza estética, mas sem se esquecer da criatividade, o espetáculo destaca também a ótima coreografia da diretora associada Tânia Nardini, baseada na original de Jerome Robbins.

Elenco afinado

O trio principal de atores está bem formado: Claudia Netto surge em cena mais bonita do que nunca, com sua voz correta e uma interpretação sensível, enquanto Tuca Andrada conquista pela irresistível simpatia, entretanto, poderia estar mais sério na cena final.  Já a cantora lírica Luciana Bueno alcança belas notas, e deve encontrar maior conforto em cena ao longo das apresentações.

O grande destaque do elenco, no entanto, é Bianca Tadini (alternante com Daniela Vega), no papel da jovem apaixonada, que apresenta seus números musicais de forma arrasadora e empolgante. Vale ficar atento também a Julio Oliveira, o príncipe siamês, que surpreende ao cantar.

Completam o elenco Luciano Andrey, Mauro Sousa (que reveza com Ubiracy Brasil), Adalberto Halvez, Gustavo Lassen, Fábio Barreto, Daniel Poulain (alternante com Renan Cuisse), e dezenas de crianças e atores do coro.

Ingressos: de R$ 60,00 a R$ 185,00.

Sessões: quintas, às 21h; sextas, às 21h30; sábados, às 17h e 21h; e domingos, às 16h e 20h.

Teatro Alfa – Rua Bento Branco de Andrade Filho, 722; (11) 5693-4000

(Lucianno Maza, do Caderno Teatral/Especial para brpress)

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