Brexit aguça apetite irlandês
(São Paulo, brpress) - Diretora da Câmara de Comércio de Dublin, Mary Rose Burke, diz que empresariado está otimista com permanência da fronteira aberta da Irlanda com Irlanda do Norte.
(São Paulo, brpress) – A Irlanda é um país onde as mulheres estão cada vez mais no topo, seja na política seja nos negócios. Um exemplo rápido são as “três Marias”: as presidentes consecutivas Mary Robinson (1990-1997) e Mary McAleese (1997-2011), e a diretora da Câmara de Comércio de Dublin, Mary Rose Burke. As duas primeiras já vieram ao Brasil e a terceira chegou esta semana. Mary Rose foi uma das palestrantes do evento POW3R – Mulheres na tecnologia, negócios e política, que aconteceu nesta terça (12/12), no Museu da Imagem e do Som (MIS), das 14h às 19h.
Mary Rose Burke já esteve na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) para estreitar intercâmbios e disse à brpress que está ávida por conhecer mulheres em posições de liderança no Brasil. No país, as mulheres ganham cerca de 30% a menos que os homens, mesmo quando desempenham a mesma função. Cargos de chefia e liderança são mais ocupados por homens. A média masculina de rendimento no Brasil é de R$ 2.012, a feminina é de R$ 1.522, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE).
Vulnerabilidade
Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o desemprego atinge mais as mulheres que os homens. Após se recuperar de uma das piores crises de sua história recente, que teve o ápice em 2010, a Irlanda se encontrou encurralada em meio às negociações do Brexit – a saída da União Europeia do Reino Unido, do qual é parte a Irlanda do Norte, país com que faz a única fronteira do bloco europeu.
Mas com as garantias de que não haverá a volta da fronteira física entre Irlanda e Irlanda do Norte (a passagem entre os países é livre e só muda o sinal das operadoras de celular, além das placas (escritas somente em inglês na Irlanda do Norte), a comunidade de negócios de ambos os lados comemora. A Dublin Chamber é um termômetro de como o resultado positivo desta negociação abriu o apetite da Irlanda por negócios, sempre tendo a inclusão de mulheres como meta.
“É com grande otimismo que vemos as garantias da não fronteira física de ambos os lados”, diz Mary Rose Burke. “As empresas estão mais confiantes e estamos sentido que a Irlanda pode criar oportunidades com o Brexit”. Um dos indícios é que, só em 2017, Dublin recebeu 10 missões comerciais da China. “Em 2016 foram apenas duas”, contabiliza Burke. Agora, a Câmara e seus mais de 1.300 associados está ansiosa para saber como a fronteira aberta irá funcionar na prática.
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(Juliana Resende/brpress)
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