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Diferenças e semelhanças

(Londres, brpress) - Diferentemente do basquete, que não passa confiança, apesar dos pesares o vôlei está com crédito e pode subir no pódio. Mais: Daniel Hypólito e vôlei, além das notícias e frases de bastidores. Por Márcio Bernardes.

Márcio Bernardes*/Especial para brpress

(Londres, brpress) – Será que existem mesmo muitas diferenças  – além das regras, é claro – entre as mulheres que jogam vôlei e basquete e o ginasta Diego Hypólito? No basquete, faz tempo que nossas atletas não alcançam um título expressivo. Depois da geração de Hortência e Paula, que conseguiu duas lindas conquistas no Pan de Cuba em 91 e no Mundial da Austrália em 94, os títulos rarearam. Depois de tantos tropeços das meninas imaginou-se que, com o técnico trocado, a situação melhoraria. Resultado: decepção no Pan de Guadalajara e estreia na Olimpíada com derrota para a França.

    No vôlei, as coisas andaram melhores. Medalha de Ouro em Pequim e Guadalajara, o time não repetiu as grandes conquistas no primeiro semestre de 2012. E ainda teve o problema com Mari, que ainda não se sabe corretamente se foi bem absorvido. A estreia aqui em Londres teve altos e baixos: ficamos duas vezes na frente do placar, cedemos o empate e no tie-break ganhamos da Turquia.  Diferentemente do basquete, que não passa confiança, apesar dos pesares o vôlei está com crédito e pode subir no pódio.
  
    Diego Hypólito, a exemplo de Pequim, veio para Londres como grande favorito para ganhar medalha no solo. Em 2008, ele fazia uma exibição brilhante, errou no último salto, caiu sentado e perdeu. Agora, aqui, errou de novo e foi desclassificado.
  
    Para o basquete, faltam mais jogadoras de qualidade e o espírito da confiança que caracteriza os grandes times. Não vamos pagar placê nesta Olimpíada.
  
    No vôlei espera-se que as oscilações naturais e compreensíveis das mulheres esportistas não atrapalhe o sonho de mais uma medalha olímpica.
  
    Quanto a Daniel Hypólito, resta-lhe o consolo de que errar faz parte da vida. Infelizmente para ele e para o Brasil, os erros de 2008 e 2012 foram fundamentais para suas derrotas. Esporte individual é assim: quando o atleta erra ou não está em um bom dia, não há tempo nem chance de recuperação.

FRASES DE LONDRES

   “O erro do Diego mexeu comigo. Por isso também errei e caí fora”.
Daniele Hypólito, irmã de Diego, que também errou e foi desclassificada.

   “Esse é o ano do Corinthians”.
Thiago Pereira, Medalha de Prata nos 400m medley e atleta do Timão.

   “Não mostrem meu dente quebrado. Mostrem a minha medalha”.
Felipe Katadai, bronze na categoria até 60 kg.

   “Foi uma estreia difícil e complicada. Sei melhor do que ninguém que a Turquia está crescendo muito no voleibol”.
José Roberto Guimarães, técnico brasileiro, que trabalha em Istambul.

NOTÍCIAS DE LONDRES

   A troca de bandeiras das Coreias na primeira rodada do futebol, deixando irada a delegação norte-coreana, não foi o único erro da Organização de Londres 2012. Após a primeira rodada do vôlei feminino, os ônibus que levam os jornalistas para o Centro de Imprensa não apareceu. E o metrô já estava fechado. Foi o maior sufoco.

   Larry Taylor, americano naturalizado brasileiro, contou que cruzou com alguns conterrâneos do Dream Time na Vila Olímpica. Brincadeiras a parte, ele ouviu outros belos elogios ao time de Rubem Magnano. Taylor disse que antes do jogo contra a Austrália ele cantou o Hino Nacional Brasileiro “quase” direitinho.

   Cada arena esportiva aqui em Londres tem autonomia para realizar coreografias e exibições artísticas nos intervalos e pedidos de tempo das partidas. Sempre há um locutor que procura entreter e animar a galera. Voleibol, basquete, handebol e vôlei de praia são as arenas mais animadas, já deu para constatar.

   Camden Town ficou famoso no mundo inteiro depois da morte de Amy Winehouse. Lá vivem e desfilam punks, hippies e todo tipo da espécie humana. De preferência os mais exóticos que externam suas personalidades nas roupas, piercings, tatuagens e outras marcas estranhas. Com a Olimpíada, os turistas estão sempre lá e o bairro ficou mais cheio.

TOQUE FINAL   

   Visitar a Vila Olímpica, além de muito divertido, serve também como momento para se analisar o ser humano. Muitos atletas, dirigentes, voluntários, cartolas e convidados estão lá para tietagem, fotografias e autógrafos com os famosos e tudo mais que a credencial permitir.

   Alguns ídolos mais assediados convivem com tudo isso naturalmente. Outros não conseguem sequer ir ao restaurante, sair de um prédio para outro, ou caminhar tranquilamente pelo local.

A seleção norte-americana de basquete está hospedada em um hotel cinco estrelas de Londres. Mas, nas folgas os jogadores, fazem questão de visitar a Vila. Buscam fortes emoções, claro.

  Usain Bolt é outro que atende a todos com sorrisos, mas já demonstra aborrecimentos com algumas situações. Foi cogitada pelo Comitê Olímpico da Jamaica a sua ida para um hotel, o que, por enquanto, foi recusado pelo próprio atleta.

   Compreende-se que essa Torre de Babel, com representantes de 205 nações, se transforme num ponto de atração. Especialmente para fotógrafos e cinegrafistas, que marcam ponto lá para não perder uma bela foto. 

 (*) Comentarista veterano de esportes, com diversas Copas e quatro Olimpíadas no currículo, Márcio Bernardes é âncora da Rede Transamérica de Rádio, professor universitário e colunista da brpress. Fale com ele pelo email [email protected] , pelo Twitter @brpress e/ou Facebook. Durante os Jogos Olímpicos de Londres, esta coluna será diária. 

Márcio Bernardes

Comentarista veterano de esportes, com diversas Copas e Olimpíadas no currículo, Márcio Bernardes é âncora da Rede Transamérica de Rádio e sua coluna foi licenciada pela brpress ao Yahoo Brasil.

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