Mexa o esqueleto
(brpress) – Exercícios três vezes por semana em conjunto com alimentação equilibrada são eficientes métodos para manter ossos fortes e resistentes na terceira idade.
(brpress) – A osteoporose atinge, em grande parte, pessoas acima dos 40 anos – sendo a maioria absoluta mulheres. Nos próximos 15 anos, a população de idosos – faixa etária mais prejudicada – deverá dobrar de tamanho, saltando para 32 milhões de brasileiros. Por isso, a prevenção deve começar cedo, por meio de exercícios e alimentação balanceada.
A doença é causada pela diminuição da massa óssea, que leva à fragilidade e aumenta o risco lesões graves. Segundo a Organização Mundial da Saúde, as fraturas de quadril provocadas por deficiência estrutural nos ossos causam fatalidades em 20% dos casos e danos em metade.
Prevenção
De acordo com a dra. Maria Cecília Anauate, médica reumatologista do Hospital Santa Paula, de São Paulo, algumas das importantes recomendações para se preservar a saúde a partir da meia-idade são bastante úteis também na prevenção da osteoporose, como a prática regular de exercícios físicos e a adoção de uma alimentação balanceada.
“A atividade física regular eleva a densidade mineral óssea e diminui o risco de fraturas. Durante os exercícios, enquanto os músculos estão sendo contraídos, ocorrem também estímulos à formação óssea”, afirma a médica.
No idoso, os exercícios físicos não só reduzem a perda de massa óssea, como também auxiliam na prevenção de quedas, já que melhoram o equilíbrio, o padrão da marcha e a consciência espacial. “Os exercícios de impacto e de fortalecimento muscular apresentam resultados mais positivos e devem ser realizados durante 30 minutos, pelo menos três vezes por semana.”
Comida
A adoção de uma alimentação balanceada também ajuda na manutenção e renovação do tecido ósseo. “Uma dieta ótima para prevenção e tratamento da osteoporose deve incluir ingestão adequada de calorias, cálcio e vitamina D. Todas as mulheres na pós-menopausa, por exemplo, devem consumir em torno de 1000 mg a 1500 mg de cálcio ao dia”, indicia.
“De maneira simplificada, um iogurte desnatado, um copo de leite, uma fatia e meia de queijo contêm cerca de 300 mg de cálcio cada. A suplementação de vitamina D também é recomendada, sendo muito importante a exposição regular ao sol para a produção desta no organismo”, diz a especialista.
Silenciosa
A osteoporose não apresenta sintomas e, geralmente, é percebida apenas quando ocorrem as primeiras fraturas. Por isso, é importante acompanhamento médico após 40 anos de idade, para a realização da densitometria óssea – um exame radiológico que mede a fragilidade dos ossos.
A Organização Mundial da Saúde define a doença como a perda de 25% de massa óssea, comparado a um adulto jovem e saudável. Cerca de 70% dos fatores de risco para osteoporose são fortemente influenciados pela genética, como biótipo branco ou asiático e baixa estatura. Mas os outros 30% estão relacionados a fatores ambientais e estilo de vida, podendo ser modificados.
“Como a doença é mais frequente em mulheres do que em homens, a população feminina pós-menopausa deve ser investigada sobre a existência de outros fatores de risco e situações que podem ser responsáveis por uma osteoporose secundária, como o uso de medicamentos corticóides, anticoagulantes, anticonvulsivantes, além de tabagismo, alcoolismo, risco elevado de quedas e sedentarismo”, alerta a reumatologista.