Rachel Weisz: desobediente
(Londres, brpress) - Seja como a fotógrafa judia nada ortodoxa de Desobediência, seja como a prima viúva e sedutora de Eu te Matarei, Querida, atriz não perde o tom de rebeldia. Por Juliana Resende.
(Londres, brpress) – Além de uma das mais talentosas e belas atrizes britânicas, Rachel Weisz é também uma das mais inteligentes. Mesmo nas declarações supostamente banais nos tapetes vermelhos, ela sempre diz algo que se aproveite e dá seu recado – geralmente em tom feminista e político. “O Brexit é uma catástrofe anunciada”, soltou, na pré-estreia de Eu te Matarei, Querida (My Cousin Rachel, 2017), em Londres.
“Sinto-me desconfortável pelo meu país sendo eu mesma um coquetel europeu”, continua a atriz, filha de imigrantes judeus que chegaram ao Reino Unido em 1938: o pai húngaro e a mãe mezzo austríaca mezzo italiana. Vem daí a inspiração e vontade de produzir o drama Desobediência (Disobedience, 2018), primeiro longa com sua assinatura atrás das câmeras – sobre o amor entre duas mulheres –, estreando no Brasil em 21/06.
Nada ortodoxa
Desobediência, baseado no livro homônimo de Naomi Alderman, mostra uma fotógrafa estabelecida em Nova York (Romit Krushka, Weisz) que retorna a Londres para o funeral de seu pai, um rabino venerado pela comunidade judaica ortodoxa – da qual ela se desgarrou quando mais jovem. Encarando fantasmas do passado ligados à familia, com a qual ela não se identifica e nem se sente integrada, ela se surpreende ao saber que uma amiga pela qual se sentia atraída na adolescência (Esti, Rachel McAdams) está casada com seu primo, Dovit (Alessandro Nivola, ótimo).
A direção é do chileno Sebastián Lelio – vencedor do Festival de Berlim 2017 por Uma Mulher Fantástica, estrelado pela transsexual Daniela Vega.
(Juliana Resende/brpress)
Assista ao trailer de Desobediência: