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Maria Bonita: família quer promover licenciamentos nos 80 anos de morte da  legendária figura feminina do cangaço. Foto: Wikipedia/Benjamin Abrahão BottoMaria Bonita: família quer promover licenciamentos nos 80 anos de morte da legendária figura feminina do cangaço. Foto: Wikipedia/Benjamin Abrahão Botto

Maria Bonita empoderada

(São Paulo, brpress Office) -Licenciamentos relacionados ao nome e imagem da primeira mulher do cangaço devem aumentar aos 80 anos de sua morte, em 2018.

(São Paulo, brpress Office) – Única filha legítima de Lampião e Maria Bonita, Expedita Ferreira Nunes, contratou os advogados Carlos Augusto Monteiro Nascimento, Guilherme Chaves Sant’Anna e Sonia Maria D’Elboux para cuidar dos direitos de imagem, propriedade intelectual e demais interesses do legendário casal de cangaceiros.

Em tempos de empoderamento feminino, a trajetória libertária de Maria Bonita desperta cada vez mais fascínio nas neofeministas. Por isso, licenciamentos de empreendimentos e projetos com o nome desta mulher à frente de seu tempo – e primeira a se unir ao bando de Lampião – tendem a aumentar com as celebrações dos 80 anos de sua morte, em 2018. 

À frente de seu tempo

“A família tem muito orgulho dela e pretende atender com atenção a pedidos de uso de seu nome e imagem”, revela Sônia D’Elboux, especialista em direitos autorais, de imagem e patrimoniais.  Maria Bonita, nascida Maria Gomes de Oliveira em 08 de março (Dia Internacional da Mulher) de 1911, é símbolo de força e resiliência num tempo em as mulheres eram destinadas a casamentos arranjados e à vida doméstica.  

Maria Bonita teria deixado um casamento infeliz e sem filhos para se juntar a Lampião, a quem já namorava há cerca de um ano. Há relatos de que Maria Bonita era mais que coadjuvante – ela tinha um papel ativo no bando, ao qual se juntou por livre espontânea vontade, diferente de outras mulheres, como Dadá (raptada, tornando-se companheira de Corisco). enfrentado perigos e restrições do duro dia-a-dia na caatinga, além constantes investidas da polícia contra o cangaço com bravura. 

Musa

O inconformismo e a coragem de Maria Bonita inspiraram o livro Mulheres Cangaceiras, A Essência Feminina Como Questão de Gênero, de João de Sousa Lima, autor de diversos livros sobre o cangaço e colecionador de peças do movimento, e o documentário Feminino Cangaço, produzido pelo Centro de Estudos Euclides da Cunha da Universidade Federal da Bahia,“uma abordagem nada glamourosa das mulheres cangaceiras”, diz um dos maiores especialistas no cangaço, Antonio Amaury Corrêa Araújo.

Ela teria engravidado quatro vezes, tendo perdido duas crianças. Expedita, a única reconhecida legalmente, foi criada por um casal de amigos vaqueiros, mas os pais sempre a visitavam. No centenário de nascimento de Maria Bonita (2011), foi lançado o livro Bonita Maria do Capitão, organizado por Germana Gonçalves de Araújo e Vera Ferreira, neta de Maria Bonita e Lampião. “É uma linda edição ilustrada”, comenta Sonia D’Elboux. Vera Ferreira iniciou sua pesquisa sobre os avós aos 13 anos e nunca mais parou. Guarda objetos que pertenceram ao casal e até uma mecha de cabelo de Maria Bonita. 

Museu

Maria Bonita morreu em 28 de julho de 1938, quando o bando acampado na Grota de Angicos, em Poço Redondo (a 179 quilômetros de Aracaju), foi atacado de surpresa pela polícia (conhecida como “volante”). Reza a lenda que ela foi degolada ainda viva. Lampião já estava morto quando teve a cabeça cortada – ato que representa o extremo grau de violência da polícia voltante. Em 2006, a Prefeitura de Paulo Afonso restaurou a casa de infância de Maria Bonita, instalando o Museu Casa de Maria Bonita no local.

(Texto: Juliana Resende/brpress Office – Professional Press Releases powered by brpress)

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Fontes: 

Wikipedia

‘Cabra-Macho’, Revista da Cultura – por Juliana Resende/brpress

Livros e filmes reascendem paixão pelo cangaço’, Diário do Nordeste – por Juliana Resende/brpress

‘Em Aracaju, neta de Lampião preserva até mecha de Maria Bonita’, Folha de S. Paulo – por Lívia Marra

REPRODUÇÃO DESTE CONTEÚDO LIBERADA PARA FINS NÃO COMERCIAIS DESDE QUE CITADA A FONTE

Juliana Resende

Jornalista, sócia e CCO da brpress, Juliana Resende assina conteúdos para veículos no Brasil e exterior, e atua como produtora. É autora do livro-reportagem Operação Rio – Relatos de Uma Guerra Brasileira e coprodutora do documentário Agora Eu Quero Gritar.

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