
Hasta la vista, Karl
(Paris, brpress) - Nossa editora, Juliana Resende, encontrou Karl Largerfeld (1933-2019), de relance, numa visita à Maison Chanel, em Paris, como parte das visitas às locações do filme Coco Antes de Chanel, em 2008.
(Paris, brpress) – Foi uma visão surreal. Mas era real. Nossa editora, Juliana Resende, encontrou Karl Largerfeld (1933-2019), de relance, numa visita à Maison Chanel, em Paris, como parte das visitas às locações do filme Coco Antes de Chanel, em 2008.
O impressionante é que era um dia normal de trabalho e Karl circulava de óculos escuros, roupa preta e branca e com as indefectíveis luvas pretas de couro – e aquela cara de poucos amigos. A visão daquele figura ímpar, um tanto bizarra, trouxe cenas do filme O Exterminador do Futuro à mente (os traços obtusos de Karl até se parecem com os de Schwarzenegger).
Ciborgue fashion
A impressão foi de que não era um homem, mas um ciborgue fashion, um robô-sósia do mítico estilista, fotógrafo, figurinista e até cineasta, que se definia como “um diletante profissional” e que se formou em Desenho e História. Por trás da aparência e feições austeras e do estilo germânico crítico e objetivo – pouco compreendido mas idolatrado pelos fashionistas – pulsava um criativo envolvido em diversos projetos de moda e arte, para quem “o melhor afrodisíaco era um novo trabalho”.
Deixa lojas com seu marca própria, Melissas assinadas, o império Chanel sem diretor criativo e o mundo da moda menos autêntico e consistente. Como Karl não deu uma palavra sequer no encontro na Maison Chanel, aqui vai a entrevista com Audrey Tautou para Elle Brasil, feita em Paris, antes do lançamento do filme sobre Chanel.
Hasta la vista, baby.