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Mostra quer tirar museu do abandono

(Brasília, brpress) - Diálogos da Resistência denuncia descaso com Museu de Arte de Brasília e 'desempoeira' tesouros da arte contemporânea. Por Wermerson Santos.

(Brasília, brpress) – Às margens do Lago Paranoá, entre a Concha Acústica e o Palácio da Alvorada, esparrama-se o guardião da história cultural da Capital Federal: o Museu de Arte de Brasília (MAB). Em seu acervo há pouco mais de 1.200 obras. Já em sua história, iniciada em 1985, há problemas estruturais, responsáveis, inclusive, por seu fechamento, que já completa cinco anos. Uma questão que atravessou o tempo e que se vê hoje posta em xeque pela mostra MAB – Diálogos da Resistência, em cartaz no Museu Nacional da República.

    Na avaliação de Wagner Barja, coordenador do sistema de museus de Brasília e curador, o objetivo da mostra é acentuar a importância da arte brasiliense para o país e para o mundo. “Brasília é uma cidade tombada pela Unesco como Patrimônio Universal da Humanidade. Não é justo deixar escondida parte de sua cultura da comunidade nacional e internacional, daí a importância da mostra que debaterá uma nova proposta para o Museu”. O destino do MAB é um imbroglio, um caso emblemático do abandono do patrimônio público cultural no Brasil.

    Barja lembra que o MAB foi a única instituição em Brasília a expor, de maneira permanente, acervo de arte moderna e contemporânea brasileira, especialmente a produzida no Distrito Federal. “Caso o museu permaneça de portas fechadas, corremos sério risco de colocar a história no limbo e deixar um hiato para os turistas que queiram acessar a história artística da capital”.

   Nesse sentido Barja acentua um fator destacado: a Copa do Mundo de 2014, que tem Brasília como uma das cidades-sede. “Infelizmente, a questão não se prende apenas a esse evento; sem a reestruturação do espaço, torna-se quase impossível estudar a arte brasileira, dos anos 80 pra cá”, observa o curador.

Pontapé inicial

    Após, em 2011, discutir a situação do MAB com a Promotoria de Defesa do Meio Ambiente e Patrimônio Cultural (Prodema), José Delvinei, subsecretário do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural do DF, e Ana Taveira, diretora do MAB, Barja conseguiu, enfim, delinear novos horizontes para o esquecido Museu de Arte de Brasília.

    Da discussão surgiram expectativas de parcerias público-privadas para recompor o MAB e ainda construir novos museus na Capital. Para Wagner Barja, esses fatores “ajudarão a projetar o trabalho de artistas capazes de tornar Brasília uma referência nacional e internacional no que diz respeito à arte”.

Arte urbana

    Esse caminho começa justamente pela mostra MAB – Diálogos da Resistência. Um dos destaques, entre os 146 artistas que participam da mostra, é a presentação da obra inédita do artista de rua tcheco Pasta, numa parceria com a Embaixada da República Tcheca em Brasília.

    “Além da mostra haverá debates com representantes governamentais sobre o atual estado da preservação cultural de Brasília e, sobretudo, a importância da reconstituição do MAB”, arremata Barja.

Visitação: de terça a domingo, das 9h às 18h30. Até 11/03.

Museu Nacional da República – Conjunto Cultural da República Setor Cultural Sul, S/N; (61) 3325-5220

(Wemerson Santos/Especial para brpress)

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