Acesse nosso conteúdo

Populate the side area with widgets, images, and more. Easily add social icons linking to your social media pages and make sure that they are always just one click away.

@2016 brpress, Todos os direitos reservados.

Senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR)Senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR)

Gleisi Hoffmann teria desviado R$ 1 mi da Petrobras

(Brasília, brpress*) - Senadora do PT que insiste que Senado “não tem moral” para julgar impeachment é acusada de corrupção passiva e lavagem de dinheiro para campanha; marido e ex-ministro petista Paulo Bernardo teria desviado R$ 100 mi de aposentados.

(Brasília, brpress) –  Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) adiou o julgamento sobre denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), ex-ministra da Casa Civil do governo Dilma de julho de 2011 a fevereiro de 2014, e o marido dela, Paulo Bernardo, ex-ministro do Planejamento do governo Lula, de 2005 a 2011, e do governo Dilma, de 2011 a 2015. 

O julgamento havia sido marcado para terça-feira (30/08). A nova data ainda não foi definida. Mas foi retirado da pauta no início da semana, após pedido do ministro Teori Zavascki, relator do processo, para evitar questionamentos sobre a nulidade do julgamento. No momento da sessão, a senadora estará no julgamento, no Senado, que decidirá sobre o afastamento definitivo da presidente Dilma Rousseff.

Lava-Jato

Em maio, Gleisi e Paulo Bernardo foram denunciados ao Supremo sob a acusação de terem recebido R$ 1 milhão para campanha da senadora em 2010. De acordo com depoimentos de delatores na Operação Lava-Jato, o valor é oriundo de desvios de contratos da Petrobras.

Ambos os ex-ministros foram citados nas delações do doleiro Alberto Youssef. A quantia teria sido repassada ao empresário Ernesto Kugler, também indiciado, a pedido de Gleisi e Bernardo, acusados de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

“Meras conjecturas”

Em documento encaminhado ao Supremo, a defesa dos dois diz que as acusações são “meras conjecturas feitas às pressas” em função de acordos de delação premiada. “A requerida [senadora] jamais praticou qualquer ato que pudesse ser caracterizado como ato ilícito, especialmente no bojo do pleito eleitoral ao Senado Federal no ano de 2010, na medida em que todas as suas contas de campanha foram declaradas e integralmente aprovadas pela Justiça Eleitoral”.

Não foi o que disse o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa em delação premiada à PF. Em seguida, veio a delação do advogado Antônio Carlos Fioravente Pieruccini, que detalhou como o dinheiro teria sido repassado para a campanha de Gleisi. Em depoimento ao Ministério Público Federal, Pieruccini afirmou ter transportado R$ 1 milhão de São Paulo para Curitiba, a pedido de Yousseff. O doleiro teria dito que a destinatária final do dinheiro era a campanha da petista.

Pieruccini disse que as entregas ocorreram em uma sala de propriedade de Ernesto Kugler, localizada shopping de Curitiba. Pieruccini teria levado uma caixa lacrada com a inscrição “P.B./Gleisi”. Ainda segundo Pieruccini, Kugler contou as notas, em um total de R$ 250 mil e disse que o valor “não dava nem para o cheiro”. Teriam ocorrido outras três entregas no mesmo molde, segundo o delator.

‘Sem moral”

Gleisi Hoffmann vem protagonizando diversos vete-bocas desde o início do julgamento da presidente afastada Dilma Rousseff, em curso, e que decidirá pelo impeachment ou não, no plenário do Senado. A senadora havia repetido várias vezes que o Senado “não tinha moral” para julgar Dilma por crimes de responsabilidade fiscal, que resultaram em seu afastamento.

A fala de Gleisi revoltou entre os senadores, gerou tumulto no plenário e obrigou o juiz Ricardo Lewandowski, que conduz o julgamento, a interromper por cinco minutos a sessão. Após discutir com Gleisi, o presidente do Senado, Renan Calheiros ((PMDB-AL), afirmou que, no mês passado, ele conseguiu, “no Supremo Tribunal Federal”, desfazer o indiciamento da parlamentar petista e do marido dela.

Aposentados lesados

Paulo Bernardo também é suspeito de envolvimento em um esquema de corrupção que teria desviado dinheiro arrecadado com empréstimos consignados de aposentados, descoberto pela Operação Custo Brasil, da Polícia Federal (PF).  

A propina paga entre 2009 e 2015 teria chegado a cerca de R$ 100 milhões. “Dezenas de milhares de funcionários públicos foram lesados”, disse o superintendente da Receita Federal em São Paulo, Fábio Ejchel. Segundo o MP, os acusados de envolvimento no esquema criminoso chamavam Paulo Bernardo de “patrono”. 

(*) Com informações da Agência Brasil. 

Cadastre-se para comentar e ganhe 6 dias de acesso grátis!
CADASTRAR
Translate