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(brpress) - Estas hashtags são top trends no Twitter desde que diálogo do então juiz com procurador da Lava Jato vazou e mostram crise dividindo opiniões.
(brpress) – Estas hashtags são top trends no Twitter desde que diálogo hackeado e vazado do aplicativo Telegram entre o então juiz Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, foram publicados pelo Intercept Brasil, site de jornalismo investigativo dirigido pelo jornalista americano Glenn Greenwald (que ganhou o prêmio Pulitzer de jornalismo com reportagem sobre como o governo dos EUA invade a privacidade dos cidadãos e teve como fonte principal Edward Snowden). A conversa em que Moro oferece a Dallagnol razões para o indiciamento do ex-presidente Lula, que Moro condenaria, divide opiniões e toma proporções de crise.
Na tentativa de esvaziar as denúncias, o ministro da Justiça e da Segurança Pública marcou depoimento sobre o caso para dia 19/06, na Comissão do Senado. Dia 28/06, foi marcada (antes dos vazamentos) sua participação no 14º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo), em São Paulo.
Questionamentos
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta terça-feira (11), que “juiz não pode ser chefe de força-tarefa”, ao criticar os métodos de investigação. Gilmar Mendes é um dos que deve julgar no dia 25 de junho um outro habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em que o petista acusa o ex-juiz federal Sergio Moro de agir com parcialidade ao condená-lo no caso do triplex do Guarujá e depois assumir cargo no primeiro escalão do governo de Jair Bolsonaro (PSL) – que encerrou abruptamente uma entrevista coletiva hoje, em SP, ao ser perguntado sobre o caso Moro.
O Intercept afirma que recebeu de fonte anônima o material e que ainda há muito o que publicar – o que é legal, apesar de uma denúncia anônima ter sido cadastrada junto ao Ministério Público Federal (MPF) contra o Intercept, sob o número 20190043642. A denúncia alega “abuso de liberdade de imprensa e de expressão” e afirma “que os jornalistas do site aparentemente incorreram no crime previsto no art. 16, da Lei nº 5.250, de 9 de fevereiro de 1967*” – a Lei de Imprensa, derrubada pelo STF, em 2009.
Enquanto a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) sugere afastamento do ministro da Justiça e da Segurança Pública e do procurador da Lava Jato, deputados da oposição na Câmara ameaçam bloquear votações, como a reforma da Previdência, se Moro continuar no governo. Para OAB, “a gravidade dos fatos demanda investigação plena, imparcial e isenta”.