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Procession, de Hew Locke: os dois lados do colonialismo. Foto: Andrea Kirst/brpressProcession, de Hew Locke: os dois lados do colonialismo. Foto: Andrea Kirst/brpress

Procissão de Hew Locke questiona colonialismo

Cortejo? Passeata? Carnaval? Instalação Procession junta tudo para mostrar a visão do colonizador sobre os colonizados. Por Andrea Kirst

(Londres, brpress) – Uma obra gigante enche os olhos dos visitantes das Galerias Duveen, espaço central da Tate Britain. São 150 figuras em tamanho real que formam a instalação Procession, do britânico Hew Locke – um dos artistas da exposição In The Black Fantastic. Tudo isso para mostrar os dois lados do colonialismo.

Como toda procissão que se preze, Procession é exuberante e forte. Mas esta é também crítica, lembrando, à primeira vista, um desfile do carnavalesco Joãosinho Trinta. As referências ao colonialismo – na visão do colonizador e do colonizado – vão se tornando evidentes, a medida que entramos, literalmente, na obra.

Fluxo e refluxo

Olhando mais de perto, o cortejo parece parte de um protesto. É manifestação. É político. Também é difícil não associá-lo aos deslocamentos de populações e refugiados, ainda que um tanto alegórico.

As figuras coloridas e ricamente enfeitadas nos convidam a “caminhar junto.

Segundo a Tate, o intuito da “procissão” é “refletir sobre os ciclos da história e o fluxo e refluxo de culturas, pessoas, finanças e poder”.

Conexões coloniais

Procession é uma referência ao próprio passado da Tate Britain. Seu fundador, o magnata do refino de açúcar Henry Tate, era amante da arte. 

Hew Locke, que é filho da pintora britânica Leila Locke e do escultor Donald Locke, nascido na Guiana – colônia explorada por Tate no ciclo do açúcar  –, diz que a instalação “faz ligações com as sequelas históricas do negócio da commodity”.

 
 
 
 
 
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Vida própria

Procession é como um organismo vivo, quase saindo pelas paredes do prédio da galeria. Nessa procissão, viajantes, cavalos, bandeiras, símbolos e objetos se misturam, num caleidoscópio multicolorido e multicultural. 

A riqueza de detalhes é fruto de mais de um ano de trabalho duro do artista e oito assistentes. Hew Locke revisita todo seu percurso multimídia. No vídeo de apresentação do trabalho (assista abaixo), o artista resume: a obra mostra a visão do colonizador sobre os colonizados. Junte-se a eles. 

(Andrea Kirst, especial para brpress)

Até 22/01/2023. Entrada gratuita.

Hew Locke apresenta Procession: 

https://youtu.be/11d64_f-m6U

#brpressconteudo #colonialismo #hewlocke #procession

Andrea Kirst

Especializada em Jornalismo Criativo pela New School For Social Research (NY) e Design Experimental de Moda pela Central Saint Martins, em Londres, onde mora há 10 anos, trabalhou na indústria da moda e colabora com a brpress.

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