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Consequência do Brexit é que se inicie uma profunda crise na UEConsequência do Brexit é que se inicie uma profunda crise na UE

Consequências do divórcio da UE

(Londres, brpress) - No momento, não deverá haver restrições ao direito de livre trânsito e de residência; Uma consequência da saída do Reino Unido da União Europeia é que o primeiro possa deixar de existir. Por Isaac Bigio.

(Londres, brpress) – O Reino Unido acaba de aprovar, por uma pequena maioria, a saída da União Europeia. Isto não significa que a ruptura será imediata. Antes de começar o processo de separação, deve-se anunciar o que designa o artigo 50 do tratado, que estabelece dois anos de preparativos para o “divórcio”. 

No entanto, o prazo pode alongar-se de comum acordo. Da mesma forma, vários conservadores pró-Brexit afirmam que não se deve anunciar que se implementará o referido artigo de imediato e que talvez seja necessário que se encerrem as eleições na França e na Alemanha para não prejudicar as negociações. 

Por enquanto, não deverá haver maiores restrições aos imigrantes no próximo biênio, ainda que um grave problema para esta comunidade seja que a maior parte dela poderia perder o direito ao voto e à cidadania nas próximas eleições londrinas (pois os que têm passaporte europeu podem ser impedidos de votar e, por consequência, influir nas decisões tomadas pelas autoridades). No momento, não deverá haver restrições ao direito de livre trânsito e de residência.

Aqui, agora

Agora, a questão é o que pode acontecer imediatamente. Os propiciadores do Brexit não têm um plano alternativo. Se o Reino Unido vai permanecer na Área Econômica Europeia (status em que se encontra a Noruega, que não é membro da União Europeia), terá de aceitar a livre circulação de pessoas. Em particular, isto deve ser feito com países como Espanha e Portugal, onde residem centenas de milhares de britânicos.

O problema é  que o atual governo e  ¾ do parlamento não aprovam o Brexit e agora serão obrigados a estabelecer negociações extremamente complicadas nas quais a União Europeia exigirá novas concessões.

Uma consequência para a saída do Reino Unido da União Europeia é que o primeiro possa deixar de existir.

Escócia e Irlanda do Norte

O governo da Escócia declarou que, devido a que mais de 60% de seus cidadãos e de que todos os distritos deste país tenham votado por manter-se na União Europeia, fará todo o possível para permanecer na UE, dando a entender que deverá encaminhar um novo referendo para decidir sobre a independência escocesa, algo que, desta vez, poderia ser aprovado. 

Por outro lado, o maior partido nacionalista da Irlanda do Norte (Sinn Fein) agora sustenta que, como nesta região ganhou significativamente o  ‘Remain’, se realize um referendo para que se decida sobre a reunificação da Irlanda e sua separação do Reino Unido.

Outra consequência é que se inicie uma profunda crise na UE, ameaçando sua desintegração.

E, finalmente, uma terceira consequência pode ser que o conservadorismo entre numa nova guerra interna e Boris Johnson, ex-prefeito de Londres e apoiador do Brexit do dividido Partido Conservador, venha ser o novo líder do referido partido e o novo primeiro ministro – já que David Cameron, o atual (e também conservador) fez campanha pela permanência do Reino Unido na UE.  

(Isaac Bigio*/Especial para a brpress)

(*) Isaac Bigio vive em Londres e é pós-graduado em História e Política Econômica, Ensino Político e Administração Pública na América Latina pela London School of Economics. É um dos analistas políticos latino-americanos mais publicados do mundo ibero-americano. Tradução: Angélica Campos/brpress.

REPRODUÇÃO TOTAL E/OU PARCIAL DESTE CONTEÚDO SOMENTE AUTORIZADA PELA BR PRESS. 

Isaac Bigio

Isaac Bigio vive em Londres e é pós-graduado em História e Política Econômica, Ensino Político e Administração Pública na América Latina pela London School of Economics . Tradução de Angélica Campos/brpress.

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