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Passaportes italianos falsos entre brasileiros no Reino Unido têm aumentado com recadastramento para Brexit. Foto: Consulado-Geral da ItáliaPassaportes italianos falsos entre brasileiros no Reino Unido têm aumentado com recadastramento para Brexit. Foto: Consulado-Geral da Itália

Efeito Brexit revela recorde de pedidos de residência

(Londres, brpress Office) - Advogada brasileira alerta para descoberta de muitos passaportes falsos entre brasileiros durante o processo, que agora pode durar cerca de nove semanas.

(Londres, brpress Office) – O último sábado (31/08) mostrou que a chapa do Brexit – a saída do Reino Unido da União Europeia, marcada para 31 de outubro – esquentou. Milhares de manifestantes contrários ao divórcio saíram às ruas em 30 cidades britânicas, com massivo destaque para Londres, onde vivem cerca de 250 mil brasileiros. É a maior comunidade brasileira na (ainda) Europa e onde a advogada também brasileira Vitória Nabas tem solicitado o número recorde de cerca de 100 pedidos de residência definitiva ou pré-definitiva por semana. “O problema é a descoberta de brasileiros com passaportes europeus falsos”, revela. 

Diretora de maior equipe de advogados operando em língua portuguesa no Reino Unido, a Vitoria Nabas and the Internacional Team, associada, desde julho ao escritório britânico Gunnercooke e portadora de passaporte italiano, Vitória é radicada há mais de 17 anos na Inglaterra, onde se requalificou para advogar e tornou-se referência em imigração e negócios. No seu escritório, os processos de pedidos de residência nestes últimos meses pré-Brexit aumentaram significativamente. São bem sucedidos quando tem-se o National Insurance Number (equivalente ao CPF), “que está demorando em média nove semanas para sair”, informa a advogada.

“Portadores de passaportes europeus [caso da maioria dos brasileiros residentes  no Reino Unido] que fizeram o processo com antecedência chegaram a ter a resposta em três horas”, conta . “Até abril, eram geralmente três dias – estando tudo certo com a documentação exigida”, sendo o passaporte original e comprovantes de pagamentos de impostos no país dois itens fundamentais. “Agora está mais rigoroso”, observa Vitória. Para ela, apesar da histeria coletiva, o sistema de recadastramento de europeus está “dentro do controle” – excluindo algumas rateadas do Home Office,  órgão governamental que controla a imigração. 

Máfia dos passaportes

“Tudo é feito online, mas se o Home Office achar que há necessidade de examinar documentos originais, eles são solicitados”, explica. “É aí que descobrimos as falcatruas, geralmente operadas por máfias na Itália, não raro com a conivência de prefeituras de pequenas cidades italianas e até padres, além de cartórios no Brasil.  

“Atendi vários brasileiros com passaportes falsos”, afirma Vitória, que costuma consultar listas com mais de mil nomes de brasileiros com cidadania italiana revogada emitida pelo governo da Itália.“Há aqueles que realmente alegam não saber que o documento foi obtido ilegalmente, geralmente tirado por agentes; mas há outros que, pressionados, acabam revelando como obtiveram o passaporte europeu no mercado negro”. 

Há ainda casos de documentos falsos que demoraram mais de 20 anos para serem descobertos. Com as novas regras de imigração pré e pós Brexit – “uma incógnita até agora”, ressalta Vitória – todos os europeus residindo no Reino Unido têm de se registrar novamente até 31 de outubro; aqueles que chegarem depois terão de se submeter ao mesmo sistema de pontuação que vale hoje para todos os cidadãos de fora da UE – incluindo brasileiros –, o que torna o processo de imigração mais rígido. 

“Há um projeto de lei, chamado White Paper, que estabelece condições imigratórias especiais para europeus, mas ainda não há nada certo sobre o que acontecerá após 1o. de novembro”, lembra Vitória Nabas.

A julgar pelo surpreendente fato “constitucionalmente legal”, segundo Vitória, ao contrário do que diz o líder trabalhista Jeremy Corbyn – de o primeiro ministro britânico conservador, Boris Johnson, ter prorrogado o recesso do parlamento num período crucial, até duas semanas antes do prazo para o Brexit. É uma manobra (com o aval da Rainha, que não tinha outra opção senão aceitar o conselho do Primeiro Ministro) para tentar coibir a oposição e até políticos de seu próprio partido que se opõem à saída sem acordo prévio – o temido “no deal”.

Quem (sobre)viver até o Halloween verá o que pode ser uma caça às bruxas. 

Texto: brpressOffice – Professional Press Releases powered by brpress 

REPRODUÇÃO DESTE CONTEÚDO LIBERADA DESDE QUE CITADA A FONTE

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