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Ventos que sopram de Paris

(Londres, brpress) - Resultados na França poderão influenciar eleições municipais em Londres? Por Issac Bigio.

Issac Bigio*/Especial para brpress

(Londres, brpress) – No último domingo (22/04), a esquerda ganhou o primeiro turno nas eleições presidenciais francesas – e tudo fará para levar também no segundo turno, em 06/05. No intervalo entre os dois turnos na França, Londres elegerá seu prefeito, em 03/05. Paris é a capital mais próxima de Londres (3 horas de trem as separam) e o que passa de um lado e outro do canal  pode influenciá-las mutuamente.

    As eleições da maior metrópole europeia adquirem um caráter internacional muito especial. Quem vencer irá presidir as Olimpíadas, dois meses depois. Além disso, podem inclinar a balança britânica numa ou noutra direção.

    Direita

    Até lá, a maioria da União Europeia estará governada pela direita, que fez da França seu bastião (pois é o único membro importante do bloco que vem sendo governado, há 17 anos contínuos, por presidentes daquele espectro).

    Dois maios atrás, ou seja, há dois anos, os trabalhistas no Reino Unido perderam o poder que detinham há 13 anos seguidos para a primeira coalisão conservadora-liberal de sua história. Logo seguiram esta mesma rota Portugal e Espanha, onde os socialistas sofreram duas de suas poires derrotas para o centro-direita.

    Esquerda

    A esquerda francesa aglutinou 45% dos votos no primeiro turno e crê que tem mais chance de ganhar que o desgastado Sarkozy, e assim contribuir para que, na Europa, surjam novos governos dispostos a superar a recessão com incentivos nos gastos públicos e não mais com cortes fiscais.

    Se Hollande vencer, também poderá influenciar as eleições nos EUA, impedindo uma vitória republicana, ainda que o primeiro fruto a ser colhido seria mesmo em Londres.

    Ken x Boris

    A capital do Reino Unido encontra-se com um futuro incerto em meio de uma das maiores batalhas políticas de sua história. Ken Livingstone, o líder esquerdista que em 2000-2008 foi o primeiro prefeito da cidade, tem agora pela frente o mais jovem conservador Boris Johnson, que, em 2008, lhe arrebatou o posto.

    Livingstone, incialmente, sentia o vento soprando a seu favor e em janeiro começou a liderar as pesquisas. Mas desde fevereiro até hoje vem aparecendo em segundo lugar. No entanto, pesquisa publicada no The Guardian na última terça-feira (24/04)  aponta que a vantagem de Johnson caiu de 6 para 2 pontos percentuais, enquanto que, a nível nacional, o trabalhismo conseguiu superar em 8 pontos o conservadorismo.

    Boris Johnson é um conservador mais pragmático, centrista e popular que o premier David Cameron, mas o desgaste de sua administração pode miná-lo. Na semana que antecede a reta final, Livingstone espera que a deterioração das direitas francesa e britânica lhe dêem um sopro de vida que lhe permita vencer a corrida pela sede das Olimpíadas, ainda que seja por uma pequena diferença.

(*) Isaac Bigio vive em Londres e é pós-graduado em História e Política Econômica, Ensino Político e Administração Pública na América Latina pela London School of Economics. É um dos analistas políticos latino-americanos mais publicados do mundo. Fale com ele pelo e-mail [email protected] , pelo Twitter @brpress e/ou no Facebook. Tradução: Angélica Campos/brpress.

Isaac Bigio

Isaac Bigio vive em Londres e é pós-graduado em História e Política Econômica, Ensino Político e Administração Pública na América Latina pela London School of Economics . Tradução de Angélica Campos/brpress.

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