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Dá para amar dois ao mesmo tempo?

(brpress) - É importante ampliar o olhar quando tratamos dessa questão que é tão delicada. Não dá para fazer omelete sem quebrar o ovo, certo? Por Sandra Maia.

Sandra Maia*/Especial para brpress

(brpress) – Há religiões em que um homem pode se casar com até quatro mulheres – desde que consiga sustentar e dar a cada uma o mesmo padrão de vida. Não pode haver diferenciação na oferta ou na promessa. Há outras coisas que também deve fazer: ir a Meca uma vez na vida, rezar todos os dias, ajudar os mais necessitados etc, etc… Levando em consideração diferenças culturais, sustentar diversas mulheres é muito diferente de amá-las, certo? 

Essa semana um leitor me fazia essa pergunta: “Será que dá para amar duas mulheres ao mesmo tempo – aqui na nossa cultura ocidental, com todas as complicações que isso pode acarretar na vida de qualquer um? Será que temos energia suficiente para dar a uma e outra a mesma atenção e cuidado? Sem falar nas conseqüências, no que vem depois… Mágoa, confusão, ressentimento e dor é o que vamos provocar para nós e para o outro  – nesse caso, outras?”

É importante ampliar o olhar quando tratamos dessa questão que é tão delicada. Não dá para fazer omelete sem quebrar o ovo, certo? Não dá para se envolver com duas pessoas sem que uma ou outra sejam feridas… Ao mesmo tempo, entendo que não dá para se aprisionar em uma relação que já acabou! O ideal mesmo seria viver uma e depois outra. Ao mesmo tempo, bem, ao mesmo tempo nos tornamos dissimulados, mentimos, não somos nós mesmos em um ou outro lado.

Fico aqui então pensando qual o sentido disso tudo? Qual a busca de um homem ou uma mulher que justifique o apaixonar-se por dois outros simultaneamente? O que mais vejo é gostar de um por que é inteligente e de outro por que é divertido. Gostar da cumplicidade e da intimidade criadas com um e viver os riscos com o outro etc, etc… Até o ponto em que nos tornamos estranhos para nós, para o outro, para os outros!

Amar a outro demanda tanto foco e atenção, diria até abdicação. Por mais que tentemos dividir por dois, por três, não será mesmo amor. Pode ser paixão, pode ser amizade, pode ser qualquer coisa. Afinal, QUEM AMA NÃO MATA! Amor tem um quê de incondicional, de decisão, de responsabilidade e respeito que tudo o mais não tem, daí a diferença.

No casamento

Então isso quer dizer que, se admito que possa me trair, me tornar um mentiroso, me fazer pior e mais, se faço para mim, porque não para o outro que está lá do meu lado? O que me faria crer que isso é amar?

Isso faz mais sentido quando um está extremamente confortável no seu casamento, porque lá recebe carinho, amor, amizade, etc… Está financeiramente também resolvido, mas amor, bem, o amor, de sua parte, em alguns casos já se foi. Já se transformou em amizade, em algo a mais… 

Então, por “N” questões (culpa, desvio de comportamento, paixão, falta de coragem, conveniência, etc, etc), mantém vidas paralelas. É nesse momento, em que não se está feliz nesse conforto desconfortável, que encontramos outro e voltamos a ser criança! Apaixonamo-nos, viramos adolescente de novo. Voltamos a nos cuidar, retomamos nossa auto-estima e então – por amor ou até remorso – reascendemos também a chama do casamento já quase apagada…

Talvez por isso, em muitos casos, a amante ou amante servem de alavanca para que o outro ponha um ponto final na sua relação, de bode expiatório para que o outro entenda de uma vez por todas que é muito melhor estar casado, ou de fato, para fazê-lo, compreender que o amor existe.

Em qualquer dos casos, é mínima a possibilidade do outro se dar bem… 

Perdoe-me se estou sendo tão direta, mas acontece dessa forma. Fale com os amigos, converse, envie seus comentários e histórias – você verá que só mudam os personagens, o cenário, o conteúdo é sempre o mesmo.

Uma relação desgastada que precisa de fôlego para reascender e outro incauto que entra de gaiato ou gaiata… Quem é mais usado nesse caso? Quem usa quem?

Troca

Verdadeiramente, sempre há uma troca e sempre podemos aprender com o que nos chega ou com aqueles que decidimos incluir nas nossas vidas. Nada é em vão. Nada é por acaso. Se escolhermos viver uma história dessas, que não é nossa, é porque precisamos disso para também nos redescobrir, também acordar. 

A questão e o convite que coloco aqui é que, uma vez despertos, bola para frente. Incluir esse tipo de situação na nossa vida, ficar nesse tipo de relação – seja do lado de dentro ou de fora – nem sempre traz felicidade. Não tem boa energia. Até porque, por princípio, tudo já está tão emaranhado que dificilmente se pode sair sem se machucar…

Enfim, pense, reflita, busque o sentido para a vida e para o amor. Olhe para dentro. A resposta já está lá. Basta acessá-la.

(*) Sandra Maia é autora dos livros Eu Faço Tudo por Você – Histórias e relacionamentos co-dependentes e Você Está Disponível? Um caminho para o amor pleno, editados pela Celebris. Fale com ela pelo e-mail [email protected] , pelo Blog do Leitor, no site www.brpress.net, ou pelo Twitter @brpress.

Sandra Maia

Sandra Maia é autora dos livros Eu Faço Tudo por Você – Histórias e relacionamentos co-dependentes e Você Está Disponível? Um caminho para o amor pleno, editados pela Celebris, e teve sua coluna licenciada pela brpress ao Yahoo Brasil e A Tribuna (Vitória-ES).

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