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Existe ‘mentirinha’?

(brpress) - Não. Mentira é mentira e acaba com qualquer relação pois não se sustenta, seja pela revelação, seja pela culpa. Por Sandra Maia.

(brpress) – É verdade! Uma mentirinha pode acabar com um relacionamento. E como isso acontece? Bem, imagine que você adora dançar, beber, rir, brincar e, por uma dessas peças do destino, acaba por se envolver com um outro que é retraído, não entra numa pista de dança nem amarrado, não bebe, não ri e entende que brincar é para bobos.

Tudo poderia correr bem se ambos fossem honestos o suficiente para compreender que a união não deveria acabar nunca com a individualidade, o sonho, as diferenças. É esse conjunto que nos faz quem somos… É por esse ser – completo e distinto – que nos apaixonamos.

Mentira

Um é vinho, outro é água. Até aqui tudo bem. São diferentes e esse não é o tema da reflexão. O tema é a mentira. O que é mais descontraído,de repente, adota uma postura mega, ultra-fechada, e passa a viver um mundo que não é seu. Para conquistar seu par, diz que odeia dançar, que nunca bebe, vive sério(a) e não faz brincadeiras nem por decreto. Ou seja: mente, transmuta-se, cria um personagem.

Exagerado?

Conheço inúmeras pessoas que partem para uma relação para encantar o outro custe o que custar. De fato quase se transforma no outro. A relação tem dia e hora para explodir. Sim, porque ninguém agüenta mentir por tanto tempo e um dia a casa cai.

Dois enganados. Dois com problema. Um porque achou ter encontrado seu par verdadeiro e convive com um ATOR, uma ATRIZ. O outro porque, apesar de ter feito tudo para conquistar – e pode até mesmo ter conquistado –, não consegue se manter no PAPEL, vivendo todo o tempo no palco…

Culpa

Depois, tem mais: toda mentira gera culpa, medo e ressentimento. Ataca a auto-estima, nos coloca numa posição defensiva perante o outro, os outros, o meio. Faz-nos encolher em cada ação visando não chamar a atenção, não ser descoberto.

E, de repente, o que fazemos? Traímos!  Traímos o outro para compensar a traição primeira que fizemos conosco. Abrir mão do que gostamos e não conseguir o desejado: a relação. Daí para criar uma vida paralela é um passo… 

Fragmentos

Saímos para dançar, beber, rir e nos divertir e, mais dia menos dia, nos damos conta de que é disso que gostamos. Amamos o outro mas não sustentamos não viver nossa verdade. Então, vivemos fragmentados – um pedaço em cada canto… Um pedaço em cada cenário. Um personagem para cada situação.

Complexo? É, complexo mesmo. Então, qualquer mentirinha mata? Mata!

Qualquer mentirinha pode se transformar num problemão, principalmente se não conseguimos dar manutenção a qualquer imagem que não é nossa imagem. Morremos e  matamos a relação, nos desapontamos, decepcionamos o outro…

Muito além

Parece simples sair de uma situação dessas, mas saiba: não é! A mentira ganha corpo e  pergunta que não quer calar é: PORQUE ENTÃO NÃO FALAR A VERDADE desde o início? Por que não parar de mentir? Diria a você que teria de escrever um outro artigo – só para discutir EGO, VAIDADE, MEDO, ILUSÃO…

Todas essas questões estão interligadas. Fazem-nos tentar ser o que não somos. Fazem-nos perder o senso de realidade, de autopercepção… Uma mentira impacta a relação? Totalmente. Não há como não julgar o outro quando mentimos – fazemos deste um imbecil. Imaginamos que “não, ele(a) não vai entender, não tem maturidade, não consegue nos alcançar, não vai realizar…”

Isto é, quando mentimos, além de não garantir o que somos – pois quem mente deve ter problemas de auto-estima –, ainda subestimamos os sentimentos do outro. 

Para com isso

Só dá para parar de agir assim se estivermos presentes. Atentos. Inteiros. Íntegros. Se tivermos boa vontade. Sonhos. Se tivermos muito bem trabalhada a auto-estima. Sabedores de quão únicos somos, de que o outro merece nosso respeito, fica mais fácil nos aceitar e, então nos mostrar exatamente VERDADEIROS…

As relações pautadas na verdade, no amor e na beleza têm mais probabilidade de prosperar. Isso é regra? Não, não há regras quando o assunto é amor, guerra ou paz…

(*) Sandra Maia é autora dos livros Eu Faço Tudo por Você – Histórias e relacionamentos co-dependentes e Você Está Disponível? Um caminho para o amor pleno, editados pela Celebris. Fale com ela pelo e-mail [email protected], pelo Blog do Leitor, no site www.brpress.net ou pelo Twitter @brpress .

Sandra Maia

Sandra Maia é autora dos livros Eu Faço Tudo por Você – Histórias e relacionamentos co-dependentes e Você Está Disponível? Um caminho para o amor pleno, editados pela Celebris, e teve sua coluna licenciada pela brpress ao Yahoo Brasil e A Tribuna (Vitória-ES).

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