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Sobre crenças e fantasias

(brpress) - Porque será que para alguns tudo é tão prático, tão possível, e para outros tudo analisado, complexo, difícil? Por Sandra Maia.

Sandra Maia*/Especial para brpress

(brpress) – Porque será que para alguns tudo é tão prático, tão possível, e para outros tudo analisado, complexo, difícil? Quase impossível em alguns casos… Por quê? Qual é o ganho? Qual o prazer negativo em se ver como a vítima sofrida e inviável?

Ouvi uma palestra de um jovem empresário, inspiradora – diria até surpreendente. Ele, desde muito cedo, se descobrira um empreendedor e, com a gana daqueles que sabem o que quer, antes de chegar aos 30 já era um homem de mais de um bilhão de reais. Possível? É, para ele foi – enxergava possibilidades em tudo.

 Tinha um toque de Midas – uma vivacidade e um sentimento de que podia ir mais longe, acreditava que tudo ao seu entorno poderia se transformar para melhor – sempre para melhor. Então, fez as associações certas, encontrou as pessoas certas e, é claro, os negócios mais promissores.

  Ele aprendeu também – e apesar de muito jovem – direcionar um tempo para cada coisa. Cuidava de tudo com a mesma luz: negócios, família, relacionamentos e ainda encontrava tempo para envolver-se em projetos sociais.

 Preparado

 Nasceu, assim, pronto. Trabalhava com afinco, determinação e disciplina – o que lhe dava a capacidade para mudar o mundo!
E, se para alguns é tão simples por que para outros é tão complexo? Será que esse jovem possuía crenças erradas? Será que tinha dúvidas? Estava ele preocupado em perder ou abrir mão de sua vida, suas escolhas? Qual era a sua fantasia?

 Bem, talvez esse jovem não tivesse mesmo preocupado com o que poderia dar errado. Focava no certo, na oportunidade e seguia em frente. Tinha a vida em suas próprias mãos. A questão é que, para muitos de nós, não é tão fácil.

 Por vezes damos certo em um ponto e não nos desenvolvemos em outro. Somos executivos e executivas bem sucedidos e não conseguimos harmonizar nossa relação. Ou, vivemos em um bom relacionamento e não nos damos bem com nossos familiares etc, etc…

 Anti-modelos não faltam. Basta olharmos para o lado para ouvir histórias e mais histórias de uniões fracassadas, famílias destruídas, empregos perdidos, etc, etc… Tudo, tudo por uma questão de crenças, decisões, escolhas. Tudo com base na confusão que fazemos quando misturamos o que queremos com o que de fato precisamos…

E então, tem jeito? Dá para mudar? É, toda base da mudança está no auto-conhecimento, é possível a partir de terapia, analise, busca interna… Leva tempo! Leva tempo olhar para dentro. O tempo que precisamos para aprender a lidar com os traumas, a dor, e com tudo o que traz a reboque.

Infância

As crenças errôneas – ou crenças infantis – são formadas a partir da percepção de realidade que temos quando crianças. Nesse período, fantasiamos e, então, decidimos o que vamos viver no futuro. Essas decisões trazem atreladas fantasias da nossa criança.

 Dessa forma, buscamos recriar situações acreditando ser viável um final diferente. Para ficar mais claro, imagine um pai ausente, que viaja e trabalha todo o tempo… A criança, se não for trazida para a realidade, pode imaginar que esse mesmo pai a abandona. Logo, a crença a ser formada pode ser algo como “TRABALHAR MUITO NÃO É BOM, POIS NOS AFASTA DE QUEM AMAMOS”.

 A decisão para essa crença pode ser algo do tipo “NÃO VOU TRABALHAR MUITO NUNCA”. E a fantasia, o que irá nortear as escolhas de relacionamentos futuros,  algo do tipo “VOU ME RELACIONAR COM PESSOAS QUE TRABALHAM MUITO E FAZÊ-LAS VER QUE SOU MAIS IMPORTANTE DO QUE O SEU TRABALHO. VOU FAZÊ-LAS PERCEBER QUE TRABALHAR MUITO NÃO É BOM…”

Complexidade

Enfim, isso é extremamente omplexo e a visão que passei acima é um tanto simplista – mas a dinâmica é mais ou menos essa. E a cura, ou melhor, a mudança só acontece quando conseguimos entender o que causou o trauma – de onde vem o padrão repetitivo, o porquê das escolhas… 

Há muitos livros e até filmes sobre esse tema. Gosto particularmente do filme Freud Além da Alma e também de um mais popular, Duas Vidas, com Bruce Willis… Vale aprofundar, entender como tudo acontece. Depois, procurar ajuda. Repetir e repetir um mesmo comportamento não nos deixa dar o próximo passo e viver o melhor das relações.

(*) Sandra Maia é autora dos livros Eu Faço Tudo por Você – Histórias e relacionamentos co-dependentes e Você Está Disponível? Um caminho para o amor pleno, editados pela Celebris. Fale com ela pelo e-mail [email protected] ou pelo Blog do Leitor.

Sandra Maia

Sandra Maia é autora dos livros Eu Faço Tudo por Você – Histórias e relacionamentos co-dependentes e Você Está Disponível? Um caminho para o amor pleno, editados pela Celebris, e teve sua coluna licenciada pela brpress ao Yahoo Brasil e A Tribuna (Vitória-ES).

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