Exagero no sal pode causar insuficiência
(brpress) – Dieta balanceada, ingestão de água e prática de exercícios físicos reduzem risco de doença renal, agravada pelo uso indiscriminado de anti-inflamatórios.
(brpress) – O consumo excessivo de sal, a baixa ingestão de água e a obesidade são fatores que prejudicam os rins, podendo causar a perda progressiva e irreversível de sua função. O uso indiscriminado de anti-inflamatórios também pode ser um agravante, pois estes inibem a prostaglandina, enzima responsável pelas funções do órgão.
“Hábitos alimentares saudáveis, com baixo teor de sódio, prática diária de exercícios físicos, além de controle da pressão arterial, glicemia, obesidade e acompanhamento de qualquer alteração da função ou morfologia renal, são maneiras de ter uma vida mais saudável e evitar este mal que atinge uma parcela significativa da população”, explica a nefrologista do Hospital Nove de Julho (SP), Dra. Zita Maria Leme Britto.
Transplante
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia, a doença renal crônica atinge 11% da população. Destes, 90% não sabem do problema, pois não há sintomas aparentes nos primeiros estágios. No entanto, quando a doença é identificada precocemente, há como torná-la mais lenta e até prevenir complicações.
As fases que definem a capacidade de filtração dos rins são cinco. É possível dizer que caso o órgão perca até 50% da sua capacidade, não há danos representativos ao paciente. Porém, a deterioração das funções acima desta margem traz alterações nos exames de sangue (elevação da creatinina e uréia), com evolução crônica para diálise ou transplante.
O transplante pode ser realizado em todo indivíduo portador de doença renal crônica em estádio V, no qual a filtração é menor que 10%. Geralmente, o grupo de risco é formado por idosos, obesos, diabéticos, hipertensos ou pessoas com histórico familiar.
De acordo com a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), de janeiro a dezembro de 2010, foram realizados mais de 4,5 mil transplantes renais, um aumento de 8% em relação a 2009. O estado campeão no número de procedimentos foi São Paulo, totalizando mais de dois mil órgãos transplantados.