

Jungle Pilot dá panorâmica dos conflitos sobrevoando Amazônia
Políticos corruptos, traficantes de drogas, armas, madeireiras, garimpeiros e uma empresa familiar de táxi aéreo. Todos estão atrás de “bamburrar” na série brasileira da Universal TV.
(São Paulo, brpress) – Políticos corruptos, traficantes de drogas, armas, madeireiras, garimpeiros e uma empresa familiar de táxi aéreo. Todos estão atrás de “bamburrar” – se dar bem, no jargão da região do garimpo na Amazônia. Junte-se a eles mulheres fortes. É na floresta que esses personagens convivem e se digladiam em meio a conflitos e interesses. “Bem vindo ao inferno verde”, disse um ambulante ao ator Démick Lopes, durante as filmagens da série Jungle Pilot, que estreia neste domingo (15/09), às 23h, no canal pago Universal TV.
Filmar na região – apesar de o diretor Belisário Franca ser um bom conhecedor da Amazônia – foi um desafio, uma metáfora microcósmica de como é conciliar desenvolvimento e sustentabilidade, mesmo com a falta de políticas públicas neste sentido. “Apesar disso, há muita coisa legal sendo feita”, diz o diretor. Assim é também com o setor audiovisual brasileiro. “Apesar do contrassenso que é, dentro da visão supostamente liberal do atual governo, não incentivar e investir numa indústria que dá certo, gera recursos e empregos, produções de séries e filmes para grupos estrangeiros, como a Universal, vão bem e só crescem”.
É a realidade
Jungle Pilot traz uma visão apocalíptica nem tanto da Amazônia mas dos seres que lá habitam. “Cada capítulo terá um teaser sobre o passado de cada personagem – seus traumas, suas motivações e da formação do caráter deles”, revela a roteirista Carol Garcia. O piloto e ex-garimpeiro Júlio César (Démick Lopes) é um cara tenso, com a ideia fixa de fazer sua empresa que dá nome à série decolar a qualquer custo. Um das sócias, Núbia (Clarisse Pinheiro), também piloto, acostumada a ser uma das poucas mulheres na aviação, é a cabeça sensata do empreendimento. Na segunda temporada ela terá de lidar com a investigadora Iara (Camila Lorenzo) – o embate entre as duas duronas promete roubar a cena do truculento e malfeitor deputado Ruiz Laboia (Gustavo Ottoni).
Qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência. Em entrevista exclusiva à brpress, o diretor Belisário Franca fala das iniciativas sustentáveis que estão juntando progresso e preservação naqueles setores do agronegócio considerados vilões por alguns ambientalistas. Mas por que então a série mostra justamente a ação do crime organizado em conluio com autoridades e, no balança e cai, uma empresa aérea falida? “É inevitável. É o que se vê na região amazônica e no Brasil. Um país que tem muitos criminosos – mas esse não é o mote da série. O que amarra os cinco episódios é a ambição que coloca cada um em xeque.”
(Juliana Resende/brpress)
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