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Mila Kunis e Justin Timberlake se divertem na pré-estreia do filme Amizade Colorida. DivulgaçãoMila Kunis e Justin Timberlake se divertem na pré-estreia do filme Amizade Colorida. Divulgação

É namoro ou amizade?

(brpress) - À primeira vista parece uma relação perfeita. Afinal, é raro amigos brigarem, não é mesmo? E se eles já se amam, que mal faz juntar sexo? Danielli Marinho discute a "modalidade".

(brpress) – “Eu quero levar uma vida moderninha/ Deixar minha menininha sair sozinha/ Mas eu me mordo de ciúmes”. A letra da música da banda dos anos 80 Ultraje a Rigor já tem quase 30 anos, mas continua mais atual que nunca quando o assunto é sexo casual. O tema, que está em cartaz nos cinemas com o filme Amizade Colorida, estrelado por Mila Kunis e Justin Timberlake, trata justamente desse assunto: a amizade entre dois jovens que acaba em sexo – e, no caso, romance.

À primeira vista parece uma relação perfeita. Afinal. é raro amigos brigarem, não é mesmo? E se eles já se amam, que mal faz juntar sexo a esse grude? Mas até que ponto é namoro ou amizade? Até que ponto dá para separar amor de amizade?

Rolando

No filme Amizade Colorida, Jamie, a personagem de Mila, é uma caçadora de profissionais, que convence o publicitário Dylan, papel de Justin, a mudar da Califórnia para Nova York para encarar um novo emprego. A amizade começa no momento em que ela vai buscar Dylan no aeroporto. Até que Dylan convida a nova amiga para jantar e, mais tarde, os dois acabam na casa dela.

Como ambos acabam de sair de relacionamentos mal sucedidos, fazem um acordo para fazer sexo, mas sem compromisso, mantendo apenas a amizade. Acontece que, depois de alguns encontros regados a sexo, os dois acabam se apaixonando um pelo outro. No entanto, nenhum deles quer assumir que isso está acontecento e continuam fingindo.

Bons amigos

Para eles, são apenas bons amigos. Até tentam arranjar namorados um para o outro. Mas cada vez mais fica evidente que o relacionamento já ultrapassou a barreira da amizade. A música Amizade Colorida, do grupo Berlam e Banda Larga [LINK http://tramavirtual.uol.com.br/musica/tocar/325330] fala de maneira divertida desta “modalidade” de relacionamento.

A professora Elis Crokidakis viveu uma experiência parecida. Logo depois de se separar do marido, conheceu um cara na balada. Como ele também estava saindo de um relacionamento, por opção, os dois acabaram se envolvendo em uma amizade colorida. “Embora viajássemos e saíssemos juntos, não tinhamos compromisso de fidelidade. Nenhum dos dois perguntava ao outro sobre isso”, conta.

No entanto, Elis não conseguiu separar por muito tempo o namoro da amizade e decidiu dar um ponto final na amizade colorida, quando percebeu que realmente gostava do parceiro. “Perdi o controle da situação e, como ele não se decidia, resolvi acabar”, conta.

“Acho que a partir do momento que rola mais de um encontro, não tem como não se envolver afetivamente com a pessoa. Entendo que, se houve o segundo encontro, é porque os dois gostaram. Até mesmo o simples fato de ligar no dia seguinte é um envolvimento afetivo”, acredita Elis.

Variantes emocionais

Segundo o psicólogo Rodrigo Aidar, as novas formas de relacionamento no mundo contemporâneo até permitem muitas variantes emocionais. Para ele, hoje existem muitas formas de amar e de se relacionar e a amizade colorida ou o sexo sem maior envolvimento emocional é uma das possibilidades aceitas na cultura moderna.

“A questão em torno disso é muito antiga e começa com uma pergunta simples: É possível separar o sexo do sentimento? A resposta seria, a princípio, sim, porque no discurso cultural moderno as pessoas são donas do próprio desejo. Por outro lado, transar apaixonado é infinitamente melhor do que sem paixão”, opina.

Objeto?

Rodrigo também chama a atenção para que as pessoas tenham cuidado de não se tornarem e nem transformarem o parceiro em objeto. “O sexo encontra sua plena função quando associado ao sentimento e não só vivido de forma a realizar o desejo. O maior perigo do sexo sem afeto é o das relações se tornarem utilitárias, quando cada um estaria usando o outro para ter prazer,  sem realmente considerar o prazer do parceiro”, finaliza.

Daí, é provável que a amizade colorida perca definitivamente a cor.

(Danielli Marinho/Especial para brpress)

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