Acesse nosso conteúdo

Populate the side area with widgets, images, and more. Easily add social icons linking to your social media pages and make sure that they are always just one click away.

@2016 brpress, Todos os direitos reservados.

Só pensa naquilo? Pode ser Tab

(brpress) - É no estado de euforia que o garoto ou garota com Transtorno Afetivo Bipolar pode manifestar hipersexualidade. Saiba identificar. Por Danielli Marinho.

(brpress) – Seu(sua) namorado(a) briga com você por um motivo banal e daqui a uma hora vem pedindo desculpas, dizendo que falou tudo sem pensar. Ele(a) acorda de bom humor, mas na hora do almoço parece que é outra pessoa de tão mal humorado(a). Alterna euforia com momentos deprê? Ou então ele(a) só pensa e fala de sexo? Se a resposta for sim, há uma grande possibilidade de ele (a) ser bipolar.

A discussão sobre o Transtorno Afetivo Bipolar (Tab) veio à tona recentemente, quando a atriz galesa Catherine Zeta-Jones assumiu que tinha a doença. Tanto que a Tab foi tema de palestra, no segundo encontro da série Juventudes Brasileiras, que aconteceu no Rio de Janeiro e em São Paulo, dias 04 e 05 de julho.

Além de Zeta-Jones, a cantora Britney Spears, que também levou esse rótulo da mídia, e outras celebridades, como a estrela queridinha da Disney Demi Lovato fazem parte dos 2% da população mundial que têm Tab.

Engana-se, no entanto, quem acha que apenas mulheres podem ter a doença. Homens também podem ser bipolares na mesma proporção que elas. A principal característica dessa doença mental crônica, ou seja, que vai durar para a vida toda, é a flutuação de humor.

Uma hora a pessoa está bem-humorada, eufórica, ou “ligada na tomada”. Em outro momento, fica triste, irritada e não quer falar com ninguém. Ou seja: é uma montanha russa de sentimentos que podem se alternar durante a semana e até mesmo no mesmo dia!

Hipersexualidade

É no estado de euforia, por exemplo, que o garoto ou garota também pode manifestar hipersexualidade. Isto é, ele(a) pensa em sexo quase o tempo todo. É aí que mora o perigo. Nas crises, a pessoa com Tab perde a capacidade critica de julgar a realidade e pode cometer atos que são fora do seu normal.

“Acontecem os chamados comportamentos de risco e a pessoa não consegue avaliar isso. Por isso, pode ter um comportamento sexual do qual se arrependa depois”, alerta o psiquiatra Roberto Moreno, diretor do Grupo de Estudos de Doenças Afetivas (Gruda) do Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).

Mas como saber se ele ou ela está passando dos limites quando o assunto é sexo? Segundo a psicóloga e especialista em sexualidade Laura Muller, que participa do programa Altas Horas, da Rede Globo, no período em que o adolescente descobre o sexo, é normal que ele(a) experimente várias relações e transas. No entanto, o que caracteriza hipersexualidade é quando esse comportamento começa a atrapalhar a vida pessoal ou profissional.

“Quando esse comportamento do jovem ou adolescente começa a limitar ou ocupar todo o espaço da vida dele(a), ou quando se torna compulsivo e não traz prazer ou satisfaz, ele(a) deve procurar ajuda”, explica Laura Muller, que falou sobre “jovens e relações afetivas” no segundo encontro da série Juventudes Brasileiras.

Adolescência

Os primeiros sintomas da Tab começam ainda na adolescência e podem interferir nos relacionamentos afetivos e até mesmo na vida sexual, na maturidade. Segundo Roberto Moreno, às vezes, atitudes que são associadas à rebeldia de adolescente ou aos hormônios, quando exacerbadas, podem ser um alerta de que o jovem tem bipolaridade.

“O adolescente pode ter problemas de adaptação na escola, pode ficar mais agressivo ou triste e mais irritável, e se expor mais a situações de risco”, explica o médico.

Relacionamentos

Manter um relacionamento que chegue a esses extremos pode ser bastante complicado e desgastante. As alterações constantes de comportamento comprometem a vida dos namorados ou ficantes – quando não acabam com a relação.

A recomendação de Roberto Moreno é que, diante de um conjunto de sintomas, a pessoa procure ajuda profissional, porque cada episódio de euforia ou depressão traz sofrimento e prejuízo nas relações interpessoais. Embora não tenha cura, a Tab pode ser controlada com medicamentos e terapias.

Como identificar o Transtorno Afetivo Bipolar:

A doença bipolar tem dois tipos. O chamado tipo I, em que o indivíduo tem episódios de euforia mais violentos e depressão. Nesse tipo, a incidência é igual em homens e mulheres. E o tipo II, com depressão e euforia mais leves, sendo mais comum em mulheres.

Sintomas

O psiquiatra Roberto Moreno explica que a presença de apenas um sintoma não caracteriza Transtorno Afetivo Bipolar. Para diagnosticar a Tab, o paciente deve apresentar um conjunto de sintomas como os descritos abaixo.

– Ele é muito temperamental e o estado de humor oscila muito;

– Ele é muito irritável, intolerante e mal humorado;

– Ele apresenta algum tipo de fanatismo por alguma coisa. PS: Dê um desconto se for o time do coração dele;

-Ele dorme pouco, mas não se sente cansado no dia seguinte;

-Tem comportamentos de risco exagerados, como dirigir em alta velocidade;

-Tem dias de tristeza alternados com dias de extrema euforia;

– Comportamento sexual de risco e sem sentido. Cada dia é um(a) menino(a) diferente;

– Falta de interesse por atividades que antes não perdia por nada.

Como agir:

– Nunca confrontar a pessoa em crise;

– Dar parâmetros da realidade;

– Reforçar a necessidade de tratamento;

– Evitar que a pessoa use drogas como o álcool.

(Danielli Marinho/Especial para brpress)

Cadastre-se para comentar e ganhe 6 dias de acesso grátis!
CADASTRAR
Translate