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Beth Goulart em cena de Simplesmente EuBeth Goulart em cena de Simplesmente Eu

15 melhores espetáculos do ano

(São Paulo, brpress) – Frutífero 2010 acaba marcado por dramaturgia como força motora de espetáculos bem cuidados. Lucianno Maza lista destaques.

(São Paulo, brpress) – Um frutífero 2010 chega ao fim marcado por uma programação teatral que valorizou, felizmente, a dramaturgia como força motora de espetáculos bem cuidados. Entre as montagens, há algumas investidas que não atingiram o esperado e aquelas que se tornaram destaque.

    Confira agora os dez melhores espetáculos brasileiros do ano:

– Pororoca (Sergio Ferrara) – Delicada montagem que estreou no Mezanino do Sesi e revelou o maranhense Zen Salles, dramaturgo que realmente entende do riscado, cria do Ágora – destacado projeto de dramaturgia do British Council no Brasil.

– Roberto Zucco (Rodolfo García Vazquez) – Traz o grupo Os Satyros em total sintonia com o texto de Bernard-Marie Koltès, que ganha novas dimensões no inteligente uso de plateias móveis pelo Espaço dos Satyros 1 e cresce, sobretudo, na voz de Maria Casadevall.

– In On It (Enrique Diaz) – Após sucesso carioca, o texto metateatral do canadense Daniel MacIvor aterrissou em São Paulo arrancando aplausos entusiasmados do público, especialmente de artistas, fascinados com o trabalho dos atores Emílio de Mello e Fernando Eiras.

– Simplesmente Eu, Clarice Lispector (Beth Goulart) – Neste projeto pessoal, a atriz encontra a total precisão técnica para personificar a escritora Clarice Lispector, especialmente na forte cena onde a personagem biografada discursa sobre a raiva.

– H.A.M.L.E.T. (Juliana Galdino) – O casal à frente do interessantíssimo Club Noir trocou posições e a atriz estreou com ousadia na direção de uma ótima releitura contemporânea de Roberto Alvim (diretor oficial do grupo) para a obra-prima de Shakespeare.

– Side Man (Zé Henrique de Paula) – A montagem do texto americano de Warren Leight trazia a premiada Sandra Corveloni, mas o destaque absoluto foi Otávio Martins, numa interpretação inesquecível do músico de jazz perdedor.

– Vida (Márcio Abreu) – A obra de Paulo Leminski foi decodificada no espetáculo da paranense Cia. Brasileira de Teatro com dramaturgia aparentemente simples, mas que abarcava muito da vida e suas interrupções. Grande êxito da edição deste ano do Festival de Teatro de Curitiba.

– Mulheres Que Bebem Vodka (Lígia Cortez) – Selma Egrei e Maria Manoella deram verdadeiro show no texto do mexicano Victor Hugo Ráscon Banda, que aposta no humor como antídoto para o desespero das personagens de cinco ótimas atrizes.

– O Rei e Eu (Jorge Takla) – Musical riquíssimo (com  um dos mais bonitos cenários dos últimos tempos), que infelizmente não alcançou o público esperando. Perdeu quem não assistiu à saga da professora inglesa e o rei do Ceylão contadas com maestria pelo diretor.

– Mão e Pescoço (Elzemann Neves) – Sob uma direção sofisticada do autor, Gilda Nomacce, uma das maiores atrizes do teatro paulistano atual, brilha acompanhada pelos excelentes Majeca Angelucci e Germano Melo numa história labiríntica.

E os cinco melhores espetáculos internacionais que passaram pelos festivais e teatros brasileiros este ano foram:

– Ode Ao Homem Que se Ajoelha (Richard Maxwell) – O trabalho singular do dramaturgo e diretor americano revisita a cultura western de seu país com a linguagem seca e potente de sua companhia, a New York City Players. Melhor programa da sofisticada programação do Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto (SP).

– Kamchàtka (Adrian Schvarzstein) – depois de um workshop de teatro de rua com o diretor argentino, um grupo de atores espanhóis desenvolveu este trabalho delicado sobre os que chegam e partem de uma cidade. Um espetáculo de rua muito diferente do que estamos acostumados a ver, sucesso também no FIT – São José do Rio Preto.

– Donka – Uma Carta a Tchekhov (Daniele Finzi Pasca) – Produção russa dirigida pelo encenador ítalo-suíço, o espetáculo fez parte das comemorações dos 150 anos de nascimento de Anton Tchekhov, evocando passagens da vida e da obra do dramaturgo pelo viés da poesia e de números do novo circo. Passou pelo Festival Internacional de Teatro de Belo Horizonte e depois aportou no Sesc Pinheiros, em São Paulo.

– O Último Ensaio (Miguel Rubio Zapata) – Com texto de Peter Elmore a montagem emblemática do grupo peruano Yuyachkani, um dos principais da América do Sul, ecoa a história e contemporaneidade de seu país. Homenageados no Festival Latino-Americano de Teatro da Bahia.

– Comida Alemã (Cristián Plana) – Uma companhia de Santiago mostrou em alemão a desconhecida realidade de uma colônia nazista no Chile. Uma montagem estranha e angustiante a partir do texto idem de Thomas Bernhard. Principal destaque da programação internacional do Festival Internacional de Artes Cênicas da Bahia.

(Lucianno Maza, do Caderno Teatral / Especial para brpress)

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