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Cia. das Artes reencena A InvasãoCia. das Artes reencena A Invasão

A Invasão ‘reocupa’ Favela do Esqueleto

(São Paulo, brpress) - Texto de Dias Gomes é reencenado pela Cia. das Artes e mostra atualidade de sua dramaturgia.

(São Paulo, brpress) – Final dos anos de 50, Rio de Janeiro. Um edifício em construção é invadido por integrantes de um grupo de sem-teto. O local ficou conhecido como Favela do Esqueleto. É o tema de um dos textos mais polêmicos e atuais da obra de Dias Gomes, adaptado para o espetáculo A Invasão, da Cia. das Artes, que estreia na quinta (04/10), às 19h, no Teatro Coletivo.

    Com direção de Antonio Netto, o drama intenso e amargo é baseado em fatos reais. A Invasão estreou em 1962, sendo proibido pelo AI-5 seis anos depois, ficando engavetado até 1978.  Nele o autor investiga as causas e consequências dos nossos problemas sociais e aponta soluções drásticas, num país onde impera a desigualdade social e que vive de politicagem.

    Para ajudar na composição dos personagens, os integrantes do elenco realizaram um processo de imersão: visitaram prédios ocupados por sem-teto no centro da cidade de São Paulo e viram de perto a dramática situação das famílias que ocupam estes imóveis.

Novelas

    A marca registrada de Dias Gomes pode ser percebida já a partir da concepção do espetáculo. A peça dividide-se em cinco quadros e três atos, uma característica muito peculiar do autor em seus textos teatrais.

    “Ele escrevia desta forma porque gostava de explicar, com minúcia, a narrativa ao espectador”, diz o Antonio Netto. “Isso é algo que ele trouxe de sua atividade como autor de novelas”, afirma.

    A peça é uma espécie de crônica ao Brasil depois de 1964. Dias Gomes quer alertar o povo da necessidade de ser independente. Compõe um painel da vida dos segmentos excluídos da sociedade, com seus sofrimentos e lutas, a presença constante da opressão e o difícil processo de tomada de consciência de suas próprias condições.
 
Favela do Esqueleto

    O Esqueleto era um prédio destinado a ser um grande hospital, mas as obras foram abandonadas na década de 30. Toda a área foi invadida, se tornando uma grande favela, que não só ocupava a estrutura, como todo o terreno.

    Por décadas, aquela região ficou abandonada, mesmo depois da construção do estádio do Maracanã. A solução veio no governo de Carlos Lacerda, onde a população foi removida. Anos depois, o prédio deu lugar à Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), que permanece no local até os dias de hoje.

Sobre o autor

     O novelista, escritor e dramaturgo baiano Alfredo de Freitas Dias Gomes (1922-1999) é um dos mais consagrados teatrólogos e autores de telenovelas do Brasil. Escreveu aos 15 anos sua primeira peça, A Comédia dos Moralistas, jamais levada aos palcos, porém premiada no Concurso do Serviço Nacional de Teatro, em 1939.

    Sua primeira obra encenada, Pé de Cabra, de 1942, foi montada por Procópio Ferreira e censurada pelo Estado Novo. Na década de 50, escreveu radionovelas. Abandonou o rádio em 1964, quando os militares invadiram a Rádio Nacional com uma lista de subversivos que incluia seu nome.

    Entre suas peças teatrais, a mais célebre é O Pagador de Promessas (1959), com versão em 12 idiomas. Adaptada para o cinema em 1962, por Anselmo Duarte, ganhou a Palma de Ouro no Festival de Cannes.

    Em 1965, a peça O Berço do Herói, mais tarde transformada na novela Roque Santeiro (1985/1986), com enorme sucesso pela Rede Globo, é proibida no dia da primeira apresentação.

    Dias Gomes estreou na Globo em 1969, com a novela A Ponte dos Suspiros. Entre seus sucessos na TV estão a novela O Bem Amado (1973), que virou seriado entre 1980 e 1985,  Bandeira 2 (1971), O Espigão (1974) e Saramandaia (1976).
 
    Sessões: quintas e Sextas às 21h. Até  02/11.

Ingressos: R$ 40 (inteira), R$ 20 (meia entrada) e R$ 15 (antecipado).A bilheteria será aberta uma hora antes do espetáculo.

Lotação: 134 lugares / Duração: 80 minutos / Recomendação: 12 anos

Estacionamento conveniado.

Teatro Coletivo – Rua da Consolação, 1623 – Sala 1; (11) 3255-5922 (informações) e (11) 2729-3098 (reservas)

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