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Raymond Lee e Holly Hunter em cena de Here and Now. Foto: DivugaçãoRaymond Lee e Holly Hunter em cena de Here and Now. Foto: Divugação

Here and Now expõe América liberal em crise

(São Paulo, brpress) - Nova série de costumes da HBO gira em torno de uma família americana multicultural e liberal, formada por Tim Robbins e Holly Hunter (imagine se Brangelina ainda estivesse junto e com 60 anos). Então… Por Juliana Resende.

(São Paulo, brpress) – Here and Now, nova série de costumes da HBO que estreia simultaneamente nos EUA, em 11/03, e no Brasil à meia-noite do horário de verão do dia 12, passa longe da grandiosidade de Game of Thrones. Contemporânea, gira em torno de uma família americana multicultural e liberal (imagine se Brangelina ainda estivesse junto e com 60 anos). Então…

O casal prafrentex politicamente correto é formado por Tim Robbins (Greg) e Holly Hunter (Audrey). Já é um bom começo. Mas Here and Now é escrita pelo esquisitão Allan Ball (de A Sete Palmos, True Blood e Oscar de Melhor Roteiro por Beleza Americana). É claro que a série não é o que parece e os personagens têm várias camadas e neuroses. Têm, ainda, um lado selvagem que sempre vem à tona. 

‘Experimento’

Tim Robbins (envelhecido e quase irreconhecível) resumiu seu personagem ao Los Angeles Times: “Não é comum me oferecerem papéis de homens cujas vidas estão desmoronando”. O veterano ator aceitou logo a oferta para encarnar o professor de filosofia insatisfeito com o casamento e com o “experimento” – como ele chama sua família.

Três filhos adultos são adotivos e de três países diferentes (com os quais os EUA têm “dívidas” por interferência política) – a liberiana Ashley (Jerrika Hinton), o vietnamita Duc (Raymond Lee) e o colombiano Ramon (Daniel Zovatto). A mais nova, biológica, é Kristen (Sosie Bacon), de 17 anos. 

Deprê 

Todos têm problemas e já no primeiro episódio (que a reportagem da brpress assistiu a convite da HBO Brasil, em São Paulo), ficam evidentes suas ansiedades, lutas e segredos mais obscuros. O patriarca Greg escancara a depressão em sua festa de 60o. aniversário: “Hoje vejo que tudo aquilo em que acreditávamos não serviu para nada”, diz, no discurso em frente aos familiares, agregados e amigos. 

Há uma nuvem de fumaça sobre a vida de conforto material dessa família (e das pessoas que a cercam). Seu cotidiano sofisticado, na meca hipster em que se transformou a cidade de Portland, Oregon, onde mora, tem algo fútil e muito errado. Temos sexo (inclusive gay) e drogas em profusão, temos dinheiro e sucesso. Mas alguma coisa está fora da ordem. 

Sobrenatural

E como não poderia faltar em criação de Allan Ball, há ainda o sobrenatural. Trump é uma realidade e não um pesadelo fictício. Para piorar, Ramon, o filho hispânico, tem visões meio poltergeist, meio promonitórias. E isso também é uma realidade. A mãe fica perturbada (e ainda nem sabe que seu marido está tendo um caso com uma prostituta).

“Gosto de testar novas fórmulas”, diz Ball, também ao LA Times. Problema 1: talvez o roteirista tenha passado dos limites em Here and Now. Mas sua excelência vem desse mix mundano-fantástico com o selo True Blood, a série que tornou vampiros sexies novamente. Problema 2: há pouca ou nenhuma química entre Robbins e Hunter (eles foram primos na comédia Miss Firecracker, em 1989).

Primal

Não dá para saber se a série fará sucesso ou não (o horário é ingrato no Brasil), mas Tim Robbins está animado: “Ball é mestre em trabalhar com o primal, aquilo que é incontrolável em todo ser humano. Amo o fato de ele não ter medo de mostrar isso”. O ator está interessado nas questões e dores da América do muro na fronteira com o México porque é tema da nova peça do Actors’ Gang, seu grupo de teatro.  

A peça The New Colossus reúne 12 atores descendentes de refugiados e imigrantes, contando histórias pessoais. As perguntas que tentam responder são: “Que país somos? Que país queremos ser?”. Here and Now também quer saber. 

(Juliana Resende/brpress)

Assista ao trailer de Here and Now: 

Juliana Resende

Jornalista, sócia e CCO da brpress, Juliana Resende assina conteúdos para veículos no Brasil e exterior, e atua como produtora. É autora do livro-reportagem Operação Rio – Relatos de Uma Guerra Brasileira e coprodutora do documentário Agora Eu Quero Gritar.

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