
The Walking Dead não assusta
(brpress) – Aguardada série de zumbis estreia com exagero na tensão, pouca violência e narrativa confusa, mas procura escapar de alguns clichês do gênero. Por Gabriel Bonis.
Porém, a série tem seus méritos, como a procura por fugir de certos clichês. Devido ao maior tempo para construir a trama, há possibilidade de apresentar os personagens de maneira mais complexa, criando situações ganchos para outros episódios – diferentemente dos filmes do gênero, nos quais tudo precisa ser resolvido quase imediatamente. No entanto, alguns lapsos de roteiro podem ser percebidos.
Fica difícil compreender como o protagonista, subdelegado Rick Grimes (Andrew Lincoln), é abandonado em coma no hospital durante os eventos apocalípticos que devastam o “mundo exterior”. Pior ainda é imaginar como o personagem se recupera sem medicação, água ou alimentação.
The Walking Dead tem a vantagem de não precisar apelar diretamente para a violência ou acelerar a trama em busca de um final “feliz”, a fim de conquistar o público. No entanto, não pode deixar de proporcionar à audiência aquilo pelo qual as tramas de zumbis são famosas: sangue e sustos. Para inovar o velho, é preciso equilíbrio.
Números
(Gabriel Bonis/Especial para brpress)