Acesse nosso conteúdo

Populate the side area with widgets, images, and more. Easily add social icons linking to your social media pages and make sure that they are always just one click away.

@2016 brpress, Todos os direitos reservados.

Lady Gaga é Patrizia Reggiani em Casa Gucci. Foto: Universal PicturesLady Gaga é Patrizia Reggiani em Casa Gucci. Foto: Universal Pictures

Uma emergente contra o patriarcado da Gucci

Enquanto o livro Casa Gucci, de Sara Gay Fordes, é sobre negócios, filme de Ridley Scott é sobre a luta de classes e de gêneros.

(brpress) – Nas primeiras cenas do filme Casa Gucci, com Maurizio Gucci (Adan Driver) de bicicleta e seu ar geek – com os imensos óculos de grau quadrados – e elegante, pensamos estar diante de Yves Saint-Laurent. Mas logo entramos no mundo passional e caricaturalmente italiano da família Gucci: um clã composto por homens patéticos, igualmente caricatos e incompetentes. 

Enquanto o livro Casa Gucci, de Sara Gay Fordes – relançado em edição atualizada no Brasil, com posfácio sobre o que aconteceu com a marca após 2008 – é sobre negócios e a história da Gucci, escrito em tom de reportagem pela jornalista Sara Gay Forden, que cobriu a ascensão e os perrengues das grifes de luxo de Milão para veículos de mídia, como o Wall Street Journal e Bloomberg News, o longa de Ridley Scott, baseado no livro, é sobre a luta de classes e de gêneros: da emergente Patrizia Reggiani (Lady Gaga) contra a dinastia Gucci.

Libelo feminista

Nesse sentido, desemboca-se num libelo feminista com um bocado de clichês. Com os anos 70 em curso, a cultura pop da disco, a liberação sexual e extravagância, Gaga rouba a cena. É “grande mulher” por trás do Maurizio, cuja ambição e visão de negócios se resume ao interesse de uma ameba antes de aguçados por Patrizia. 

Estratégica e determinada, ela resolve unir o útil ao agradável: fisga o abobalhado milionário e começa a influenciá-lo e pressioná-lo a se tornar o homem de negócios que seu pai Rodolfo Gucci (Jeremy Irons, ótimo) sempre quis e nunca teve: eis que temos um sucessor para a Gucci. 

Sucedem-se, nesta “tomada de poder”, uma série de traições e manipulações, orquestradas por Patrizia e executadas pelo casal, com a intenção de romper o ciclo de dominação masculina e old fashioned do núcleo “duro” da Gucci – em especial Aldo Gucci (Al Pacino), que vai em cana nos EUA por evasão de divisas. A outra vítima é Paolo Gucci (Jared Letto, irreconhecível), o filho ‘idiota’ de Aldo.  

Vingança

Os caminhos parecem abertos para Patrizia, como a dama Gucci, até que a traição de Maurizio toma forma, personificada numa socialite italiana com quem ele assume um romance – algo à altura do lifestyle Gucci e algo que tira o chão de Patrizia. Acaba aí sua aventura contra o patriarcado.  

 Colocada de escanteio pelo marido, já com as rédeas do império sob seu controle, Patrizia se perde em misticismos, emboscadas e banhos de lama, encontrando na cartomante Pina Auriemma (Salma Hayek) uma cúmplice para seu caminho de vingança. 

PS – Na vida real, Salma Hayek é casada com François-Henri Pinault, presidente do grupo Kering, que controla a Gucci (ironicamente, sem nenhum membro da família no negócio). 

Juliana Resende/brpress

Assista ao trailer de Casa Gucci:

#brpressconteudo #CasaGucci #houseofgucci #ladygaga

Cadastre-se para comentar e ganhe 6 dias de acesso grátis!
CADASTRAR
Translate